tag:blogger.com,1999:blog-38354539941843347882024-03-05T20:39:08.398+00:00Por Terras de Santa MariaInspirada por São Nuno, Protegida de Santo Antóniohttp://www.blogger.com/profile/05977249178865857657noreply@blogger.comBlogger156125tag:blogger.com,1999:blog-3835453994184334788.post-29739549927436570812014-01-06T02:00:00.000+00:002014-01-06T02:00:01.305+00:00Dia de Reis<div style="text-align: center;">
<img height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiC0z1QxWACAA3J5lKG1Qxp9uKZG3dYMRWb4qv5ETVZ6TNvZGXN_Swt8Is7ocEqGiC41iBJpOC4P98nFCJKGNWFatbxy32d8VKWAJ-_nQ-OaC6Wt-xXGVnJq_RjOQ8lSaPXb6LDJiLuPAc/s400/dia+de+reis.jpg" width="400" /></div>
Inspirada por São Nuno, Protegida de Santo Antóniohttp://www.blogger.com/profile/05977249178865857657noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3835453994184334788.post-6309931735589443962014-01-05T13:30:00.000+00:002014-01-05T22:30:32.635+00:00Até sempre "Pantera Negra"!<div style="text-align: center;">
<img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiDTS1Ji1IyrlFWbq6SXqFSkihIHR1lx2KWLB4Vscz8C6FrLWx0BUSLDMR1KfmremOCuQHMCFCk8w0K1snKznpMEfgVD2HWzqTYYs2hMR1JdsCn0x2Y40s6N2P7xooq-46Z7MaHF7a7YRwV/s1600/eusebio_destaque.jpg" /></div>
Inspirada por São Nuno, Protegida de Santo Antóniohttp://www.blogger.com/profile/05977249178865857657noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3835453994184334788.post-63581906465889807622014-01-01T00:30:00.000+00:002014-01-05T22:26:12.062+00:00Mensagem do Papa Francisco para a celebração do XLVII Dia Mundial da Paz<div style="text-align: center;">
<img src="http://www.agencia.ecclesia.pt/cgi-bin/gd_imager.pl?img=papafranciscopomba.jpg&conf=noticia" /></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 13px;">
1º DE JANEIRO DE 2014</div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 13px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 13px;">
<strong>FRATERNIDADE, FUNDAMENTO E CAMINHO PARA A PAZ</strong></div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 13px;">
1. Nesta minha primeira Mensagem para o Dia Mundial da Paz, desejo formular a todos, indivíduos e povos, votos duma vida repleta de alegria e esperança. Com efeito, no coração de cada homem e mulher, habita o anseio duma vida plena que contém uma aspiração irreprimível de fraternidade, impelindo à comunhão com os outros, em quem não encontramos inimigos ou concorrentes, mas irmãos que devemos acolher e abraçar.</div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 13px;">
Na realidade, a fraternidade é uma dimensão essencial do homem, sendo ele um ser relacional. A consciência viva desta dimensão relacional leva-nos a ver e tratar cada pessoa como uma verdadeira irmã e um verdadeiro irmão; sem tal consciência, torna-se impossível a construção duma sociedade justa, duma paz firme e duradoura. E convém desde já lembrar que a fraternidade se começa a aprender habitualmente no seio da família, graças sobretudo às funções responsáveis e complementares de todos os seus membros, mormente do pai e da mãe. A família é a fonte de toda a fraternidade, sendo por isso mesmo também o fundamento e o caminho primário para a paz, já que, por vocação, deveria contagiar o mundo com o seu amor.</div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 13px;">
O número sempre crescente de ligações e comunicações que envolvem o nosso planeta torna mais palpável a consciência da unidade e partilha dum destino comum entre as nações da terra. Assim, nos dinamismos da história – independentemente da diversidade das etnias, das sociedades e das culturas –, vemos semeada a vocação a formar uma comunidade feita de irmãos que se acolhem mutuamente e cuidam uns dos outros. Contudo, ainda hoje, esta vocação é muitas vezes contrastada e negada nos factos, num mundo caracterizado pela «globalização da indiferença» que lentamente nos faz «habituar» ao sofrimento alheio, fechando-nos em nós mesmos.</div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 13px;">
Em muitas partes do mundo, parece não conhecer tréguas a grave lesão dos direitos humanos fundamentais, sobretudo dos direitos à vida e à liberdade de religião. Exemplo preocupante disso mesmo é o dramático fenómeno do tráfico de seres humanos, sobre cuja vida e desespero especulam pessoas sem escrúpulos. Às guerras feitas de confrontos armados juntam-se guerras menos visíveis, mas não menos cruéis, que se combatem nos campos económico e financeiro com meios igualmente demolidores de vidas, de famílias, de empresas.</div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 13px;">
A globalização, como afirmou <a href="http://www.vatican.va/holy_father/benedict_xvi/index_po.htm" style="color: #ff9900;" target="_blank">Bento XVI</a>, torna-nos vizinhos, mas não nos faz irmãos.[1] As inúmeras situações de desigualdade, pobreza e injustiça indicam não só uma profunda carência de fraternidade, mas também a ausência duma cultura de solidariedade. As novas ideologias, caracterizadas por generalizado individualismo, egocentrismo e consumismo materialista, debilitam os laços sociais, alimentando aquela mentalidade do «descartável» que induz ao desprezo e abandono dos mais fracos, daqueles que são considerados «inúteis». Assim, a convivência humana assemelha-se sempre mais a um mero <em>do ut des</em> pragmático e egoísta.</div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 13px;">
Ao mesmo tempo, resulta claramente que as próprias éticas contemporâneas se mostram incapazes de produzir autênticos vínculos de fraternidade, porque uma fraternidade privada da referência a um Pai comum como seu fundamento último não consegue subsistir.[2] Uma verdadeira fraternidade entre os homens supõe e exige uma paternidade transcendente. A partir do reconhecimento desta paternidade, consolida-se a fraternidade entre os homens, ou seja, aquele fazer-se «próximo» para cuidar do outro.</div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 13px;">
<em>«Onde está o teu irmão?» </em>(<em>Gn</em> 4, 9)</div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 13px;">
2. Para compreender melhor esta vocação do homem à fraternidade e para reconhecer de forma mais adequada os obstáculos que se interpõem à sua realização e identificar as vias para a superação dos mesmos, é fundamental deixar-se guiar pelo conhecimento do desígnio de Deus, tal como se apresenta de forma egrégia na Sagrada Escritura.</div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 13px;">
Segundo a narração das origens, todos os homens provêm dos mesmos pais, de Adão e Eva, casal criado por Deus à sua imagem e semelhança (cf. <em>Gn</em> 1, 26), do qual nascem Caim e Abel. Na história desta família primigénia, lemos a origem da sociedade, a evolução das relações entre as pessoas e os povos.</div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 13px;">
Abel é pastor, Caim agricultor. A sua identidade profunda e, conjuntamente, a sua vocação é <em>ser irmãos</em>, embora na diversidade da sua actividade e cultura, da sua maneira de se relacionarem com Deus e com a criação. Mas o assassinato de Abel por Caim atesta, tragicamente, a rejeição radical da vocação a ser irmãos. A sua história (cf. <em>Gn</em> 4, 1-16) põe em evidência o difícil dever, a que todos os homens são chamados, de viver juntos, cuidando uns dos outros. Caim, não aceitando a predilecção de Deus por Abel, que Lhe oferecia o melhor do seu rebanho – «o Senhor olhou com agrado para Abel e para a sua oferta, mas não olhou com agrado para Caim nem para a sua oferta» (<em>Gn</em> 4, 4-5) –, mata Abel por inveja. Desta forma, recusa reconhecer-se irmão, relacionar-se positivamente com ele, viver diante de Deus, assumindo as suas responsabilidades de cuidar e proteger o outro. À pergunta com que Deus interpela Caim – «onde está o teu irmão?» –, pedindo-lhe contas da sua acção, responde: «Não sei dele. Sou, porventura, guarda do meu irmão?» (<em>Gn</em> 4, 9). Depois – diz-nos o livro do Génesis –, «Caim afastou-se da presença do Senhor» (4, 16).</div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 13px;">
É preciso interrogar-se sobre os motivos profundos que induziram Caim a ignorar o vínculo de fraternidade e, simultaneamente, o vínculo de reciprocidade e comunhão que o ligavam ao seu irmão Abel. O próprio Deus denuncia e censura a Caim a sua contiguidade com o mal: «o pecado deitar-se-á à tua porta» (<em>Gn </em>4, 7). Mas Caim recusa opor-se ao mal, e decide igualmente «lançar-se sobre o irmão» (<em>Gn</em> 4, 8), desprezando o projecto de Deus. Deste modo, frustra a sua vocação original para ser filho de Deus e viver a fraternidade.</div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 13px;">
A narração de Caim e Abel ensina que a humanidade traz inscrita em si mesma uma vocação à fraternidade, mas também a possibilidade dramática da sua traição. Disso mesmo dá testemunho o egoísmo diário, que está na base de muitas guerras e injustiças: na realidade, muitos homens e mulheres morrem pela mão de irmãos e irmãs que não sabem reconhecer-se como tais, isto é, como seres feitos para a reciprocidade, a comunhão e a doação.</div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 13px;">
<em>«E vós sois todos irmãos» </em>(<em>Mt</em> 23, 8)</div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 13px;">
3. Surge espontaneamente a pergunta: poderão um dia os homens e as mulheres deste mundo corresponder plenamente ao anseio de fraternidade, gravado neles por Deus Pai? Conseguirão, meramente com as suas forças, vencer a indiferença, o egoísmo e o ódio, aceitar as legítimas diferenças que caracterizam os irmãos e as irmãs?</div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 13px;">
Parafraseando as palavras do Senhor Jesus, poderemos sintetizar assim a resposta que Ele nos dá: dado que há um só Pai, que é Deus, vós sois todos irmãos (cf. <em>Mt</em> 23, 8-9). A raiz da fraternidade está contida na paternidade de Deus. Não se trata de uma paternidade genérica, indistinta e historicamente ineficaz, mas do amor pessoal, solícito e extraordinariamente concreto de Deus por cada um dos homens (cf. <em>Mt</em> 6, 25-30). Trata-se, por conseguinte, de uma paternidade eficazmente geradora de fraternidade, porque o amor de Deus, quando é acolhido, torna-se no mais admirável agente de transformação da vida e das relações com o outro, abrindo os seres humanos à solidariedade e à partilha activa.</div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 13px;">
Em particular, a fraternidade humana foi regenerada <em>em</em> e <em>por</em> Jesus Cristo, com a sua morte e ressurreição. A cruz é o «lugar» definitivo de <em>fundação</em> da fraternidade que os homens, por si sós, não são capazes de gerar. Jesus Cristo, que assumiu a natureza humana para a redimir, amando o Pai até à morte e morte de cruz (cf. <em>Fl</em> 2, 8), por meio da sua ressurreição constitui-nos como <em>humanidade nova</em>, em plena comunhão com a vontade de Deus, com o seu projecto, que inclui a realização plena da vocação à fraternidade.</div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 13px;">
Jesus retoma o projecto inicial do Pai, reconhecendo-Lhe a primazia sobre todas as coisas. Mas Cristo, com o seu abandono até à morte por amor do Pai, torna-Se <em>princípio novo</em> e <em>definitivo</em> de todos nós, chamados a reconhecer-nos n’Ele como irmãos, porque <em>filhos</em> do mesmo Pai. Ele é a própria Aliança, o espaço pessoal da reconciliação do homem com Deus e dos irmãos entre si. Na morte de Jesus na cruz, ficou superada também a <em>separação</em> entre os povos, entre o povo da Aliança e o povo dos Gentios, privado de esperança porque permanecera até então alheio aos pactos da Promessa. Como se lê na Carta aos Efésios, Jesus Cristo é Aquele que reconcilia em Si todos os homens. Ele <em>é</em> a paz, porque, dos dois povos, fez um só, derrubando o muro de separação que os dividia, ou seja, a inimizade. Criou em Si mesmo um só povo, um só homem novo, uma só humanidade nova (cf. 2,14-16).</div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 13px;">
Quem aceita a vida de Cristo e vive n’Ele, reconhece Deus como Pai e a Ele Se entrega totalmente, amando-O acima de todas as coisas. O homem reconciliado vê, em Deus, o Pai de todos e, consequentemente, é solicitado a viver uma fraternidade aberta a todos. Em Cristo, o outro é acolhido e amado como filho ou filha de Deus, como irmão ou irmã, e não como um estranho, menos ainda como um antagonista ou até um inimigo. Na família de Deus, onde todos são filhos dum mesmo Pai e, porque enxertados em Cristo, <em>filhos no Filho</em>, não há «vidas descartáveis». Todos gozam de igual e inviolável dignidade; todos são amados por Deus, todos foram resgatados pelo sangue de Cristo, que morreu na cruz e ressuscitou por cada um. Esta é a razão pela qual não se pode ficar indiferente perante a sorte dos irmãos.</div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 13px;">
<em>A fraternidade, fundamento e caminho para a paz</em></div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 13px;">
4. Suposto isto, é fácil compreender que a fraternidade é <em>fundamento</em> e <em>caminho</em> para a paz. As Encíclicas sociais dos meus Predecessores oferecem uma ajuda valiosa neste sentido. Basta ver as definições de paz da <em><a href="http://www.vatican.va/holy_father/paul_vi/encyclicals/documents/hf_p-vi_enc_26031967_populorum_po.html" style="color: #ff9900;" target="_blank">Populorum progressio</a></em>, de <a href="http://www.vatican.va/holy_father/paul_vi/index_po.htm" style="color: #ff9900;" target="_blank">Paulo VI</a>, ou da <em><a href="http://www.vatican.va/holy_father/john_paul_ii/encyclicals/documents/hf_jp-ii_enc_30121987_sollicitudo-rei-socialis_po.html" style="color: #ff9900;" target="_blank">Sollicitudo rei socialis</a></em>, de <a href="http://www.vatican.va/holy_father/john_paul_ii/index_po.htm" style="color: #ff9900;" target="_blank">João Paulo II</a>. Da primeira, apreendemos que o desenvolvimento integral dos povos é o novo nome da paz[3] e, da segunda, que a paz é <em>opus solidaritatis</em>, fruto da solidariedade.[4]</div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 13px;">
Paulo VI afirma que tanto as pessoas como as nações se devem encontrar num espírito de fraternidade. E explica: «Nesta compreensão e amizade mútuas, nesta comunhão sagrada, devemos (...) trabalhar juntos para construir o futuro comum da humanidade».[5] Este dever recai primariamente sobre os mais favorecidos. As suas obrigações radicam-se na fraternidade humana e sobrenatural, apresentando-se sob um tríplice aspecto: o <em>dever de solidariedade</em>, que exige que as nações ricas ajudem as menos avançadas; o <em>dever de justiça social</em>, que requer a reformulação em termos mais correctos das relações defeituosas entre povos fortes e povos fracos; o <em>dever de caridade universal</em>, que implica a promoção de um mundo mais humano para todos, um mundo onde todos tenham qualquer coisa a dar e a receber, sem que o progresso de uns seja obstáculo ao desenvolvimento dos outros.[6]</div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 13px;">
Ora, da mesma forma que se considera a paz como <em>opus solidarietatis</em>, é impossível não pensar que o seu fundamento principal seja a fraternidade. A paz, afirma <a href="http://www.vatican.va/holy_father/john_paul_ii/index_po.htm" style="color: #ff9900;" target="_blank">João Paulo II</a>, é um bem indivisível: ou é bem de todos, ou não o é de ninguém. Na realidade, a paz só pode ser conquistada e usufruída como melhor qualidade de vida e como desenvolvimento mais humano e sustentável, se estiver viva, em todos, «a determinação firme e perseverante de se empenhar pelo bem comum».[7] Isto implica não deixar-se guiar pela «avidez do lucro» e pela «sede do poder». É preciso estar pronto a «“perder-se” em benefício do próximo em vez de o explorar, e a “servi-lo” em vez de o oprimir para proveito próprio (...). O “outro” – pessoa, povo ou nação – [não deve ser visto] como um instrumento qualquer, de que se explora, a baixo preço, a capacidade de trabalhar e a resistência física, para o abandonar quando já não serve; mas sim como um nosso “semelhante”, um “auxílio”».[8]</div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 13px;">
A <em>solidariedade cristã</em> pressupõe que o próximo seja amado não só como «um ser humano com os seus direitos e a sua igualdade fundamental em relação a todos os demais, mas [como] a <em>imagem viva</em> de Deus Pai, resgatada pelo sangue de Jesus Cristo e tornada objecto da acção permanente do Espírito Santo»,[9] como um <em>irmão</em>. «Então a consciência da paternidade comum de Deus, da fraternidade de todos os homens em Cristo, “filhos no Filho”, e da presença e da acção vivificante do Espírito Santo conferirá – lembra <a href="http://www.vatican.va/holy_father/john_paul_ii/index_po.htm" style="color: #ff9900;" target="_blank">João Paulo II</a> – ao nosso olhar sobre o mundo como que um <em>novo critério</em> para o interpretar»,[10] para o transformar.</div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 13px;">
<em>A fraternidade, premissa para vencer a pobreza</em></div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 13px;">
5. Na <a href="http://www.vatican.va/holy_father/benedict_xvi/encyclicals/documents/hf_ben-xvi_enc_20090629_caritas-in-veritate_po.html" style="color: #ff9900;" target="_blank"><em>Caritas in veritate</em></a>, o meu <a href="http://www.vatican.va/holy_father/benedict_xvi/index_po.htm" style="color: #ff9900;" target="_blank">Predecessor</a> lembrava ao mundo que uma causa importante da <em>pobreza</em> é a falta de<em>fraternidade</em> entre os povos e entre os homens.[11] Em muitas sociedades, sentimos uma profunda <em>pobreza relacional</em>, devido à carência de sólidas relações familiares e comunitárias; assistimos, preocupados, ao crescimento de diferentes tipos de carências, marginalização, solidão e de várias formas de dependência patológica. Uma tal pobreza só pode ser superada através da redescoberta e valorização de relações <em>fraternas</em> no seio das famílias e das comunidades, através da partilha das alegrias e tristezas, das dificuldades e sucessos presentes na vida das pessoas.</div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 13px;">
Além disso, se por um lado se verifica uma redução da <em>pobreza absoluta</em>, por outro não podemos deixar de reconhecer um grave aumento da <em>pobreza relativa</em>, isto é, de desigualdades entre pessoas e grupos que convivem numa região específica ou num determinado contexto histórico-cultural. Neste sentido, servem políticas eficazes que promovam o princípio da <em>fraternidade</em>, garantindo às pessoas – iguais na sua dignidade e nos seus direitos fundamentais – acesso aos «capitais», aos serviços, aos recursos educativos, sanitários e tecnológicos, para que cada uma delas tenha oportunidade de exprimir e realizar o seu projecto de vida e possa desenvolver-se plenamente como pessoa.</div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 13px;">
Reconhece-se haver necessidade também de políticas que sirvam para atenuar a excessiva desigualdade de rendimento. Não devemos esquecer o ensinamento da Igreja sobre a chamada <em>hipoteca social</em>, segundo a qual, se é lícito – como diz São Tomás de Aquino – e mesmo necessário que «o homem tenha a propriedade dos bens»,[12] quanto ao uso, porém, «não deve considerar as coisas exteriores que legitimamente possui só como próprias, mas também como comuns, no sentido de que possam beneficiar não só a si mas também aos outros».[13]</div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 13px;">
Por último, há uma forma de promover a fraternidade – e, assim, vencer a pobreza – que deve estar na base de todas as outras. É o desapego vivido por quem escolhe estilos de vida sóbrios e essenciais, por quem, partilhando as suas riquezas, consegue assim experimentar a comunhão fraterna com os outros. Isto é fundamental, para seguir Jesus Cristo e ser verdadeiramente cristão. É o caso não só das pessoas consagradas que professam voto de pobreza, mas também de muitas famílias e tantos cidadãos responsáveis que acreditam firmemente que a relação fraterna com o próximo constitua o bem mais precioso.</div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 13px;">
<em>A redescoberta da fraternidade na economia</em></div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 13px;">
6. As graves crises financeiras e económicas dos nossos dias – que têm a sua origem no progressivo afastamento do homem de Deus e do próximo, com a ambição desmedida de bens materiais, por um lado, e o empobrecimento das relações interpessoais e comunitárias, por outro – impeliram muitas pessoas a buscar o bem-estar, a felicidade e a segurança no consumo e no lucro fora de toda a lógica duma economia saudável. Já, em 1979, o <a href="http://www.vatican.va/holy_father/john_paul_ii/index_po.htm" style="color: #ff9900;" target="_blank">Papa João Paulo II</a>alertava para a existência de «um real e perceptível perigo de que, enquanto progride enormemente o domínio do homem sobre o mundo das coisas, ele perca os fios essenciais deste seu domínio e, de diversas maneiras, submeta a elas a sua humanidade, e ele próprio se torne objecto de multiforme manipulação, se bem que muitas vezes não directamente perceptível; manipulação através de toda a organização da vida comunitária, mediante o sistema de produção e por meio de pressões dos meios de comunicação social».[14]</div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 13px;">
As sucessivas crises económicas devem levar a repensar adequadamente os modelos de desenvolvimento económico e a mudar os estilos de vida. A crise actual, com pesadas consequências na vida das pessoas, pode ser também uma ocasião propícia para recuperar as virtudes da prudência, temperança, justiça e fortaleza. Elas podem ajudar-nos a superar os momentos difíceis e a redescobrir os laços fraternos que nos unem uns aos outros, com a confiança profunda de que o homem tem necessidade e é capaz de algo mais do que a maximização do próprio lucro individual. As referidas virtudes são necessárias sobretudo para construir e manter uma sociedade à medida da dignidade humana.</div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 13px;">
<em>A fraternidade extingue a guerra</em></div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 13px;">
7. Ao longo do ano que termina, muitos irmãos e irmãs nossos continuaram a viver a experiência dilacerante da guerra, que constitui uma grave e profunda ferida infligida à fraternidade.</div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 13px;">
Há muitos conflitos que se consumam na indiferença geral. A todos aqueles que vivem em terras onde as armas impõem terror e destruição, asseguro a minha solidariedade pessoal e a de toda a Igreja. Esta última tem por missão levar o amor de Cristo também às vítimas indefesas das guerras esquecidas, através da oração pela paz, do serviço aos feridos, aos famintos, aos refugiados, aos deslocados e a quantos vivem no terror. De igual modo a Igreja levanta a sua voz para fazer chegar aos responsáveis o grito de dor desta humanidade atribulada e fazer cessar, juntamente com as hostilidades, todo o abuso e violação dos direitos fundamentais do homem.[15]</div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 13px;">
Por este motivo, desejo dirigir um forte apelo a quantos semeiam violência e morte, com as armas: naquele que hoje considerais apenas um inimigo a abater, redescobri o vosso irmão e detende a vossa mão! Renunciai à via das armas e ide ao encontro do outro com o diálogo, o perdão e a reconciliação para reconstruir a justiça, a confiança e esperança ao vosso redor! «Nesta óptica, torna-se claro que, na vida dos povos, os conflitos armados constituem sempre a deliberada negação de qualquer concórdia internacional possível, originando divisões profundas e dilacerantes feridas que necessitam de muitos anos para se curarem. As guerras constituem a rejeição prática de se comprometer para alcançar aquelas grandes metas económicas e sociais que a comunidade internacional estabeleceu».[16]</div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 13px;">
Mas, enquanto houver em circulação uma quantidade tão grande como a actual de armamentos, poder-se-á sempre encontrar novos pretextos para iniciar as hostilidades. Por isso, faço meu o apelo lançado pelos meus Predecessores a favor da não-proliferação das armas e do desarmamento por parte de todos, a começar pelo desarmamento nuclear e químico.</div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 13px;">
Não podemos, porém, deixar de constatar que os acordos internacionais e as leis nacionais, embora sendo necessários e altamente desejáveis, por si sós não bastam para preservar a humanidade do risco de conflitos armados. É precisa uma conversão do coração que permita a cada um reconhecer no outro um irmão do qual cuidar e com o qual trabalhar para, juntos, construírem uma vida em plenitude para todos. Este é o espírito que anima muitas das iniciativas da sociedade civil, incluindo as organizações religiosas, a favor da paz. Espero que o compromisso diário de todos continue a dar fruto e que se possa chegar também à efectiva aplicação, no direito internacional, do direito à paz como direito humano fundamental, pressuposto necessário para o exercício de todos os outros direitos.</div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 13px;">
<em>A corrupção e o crime organizado contrastam a fraternidade</em></div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 13px;">
8. O horizonte da fraternidade apela ao crescimento em plenitude de todo o homem e mulher. As justas ambições duma pessoa, sobretudo se jovem, não devem ser frustradas nem lesadas; não se lhe deve roubar a esperança de podê-las realizar. A ambição, porém, não deve ser confundida com prevaricação; pelo contrário, é necessário competir na mútua estima (cf. <em>Rm</em> 12, 10). Mesmo nas disputas, que constituem um aspecto inevitável da vida, é preciso recordar-se sempre de que somos irmãos; por isso, é necessário educar e educar-se para não considerar o próximo como um inimigo nem um adversário a eliminar.</div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 13px;">
A fraternidade gera paz social, porque cria um equilíbrio entre liberdade e justiça, entre responsabilidade pessoal e solidariedade, entre bem dos indivíduos e bem comum. Uma comunidade política deve, portanto, agir de forma transparente e responsável para favorecer tudo isto. Os cidadãos devem sentir-se representados pelos poderes públicos, no respeito da sua liberdade. Em vez disso, muitas vezes, entre cidadão e instituições, interpõem-se interesses partidários que deformam essa relação, favorecendo a criação dum clima perene de conflito.</div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 13px;">
Um autêntico espírito de fraternidade vence o egoísmo individual, que contrasta a possibilidade das pessoas viverem em liberdade e harmonia entre si. Tal egoísmo desenvolve-se, socialmente, quer nas muitas formas de corrupção que hoje se difunde de maneira capilar, quer na formação de organizações criminosas – desde os pequenos grupos até àqueles organizados à escala global – que, minando profundamente a legalidade e a justiça, ferem no coração a dignidade da pessoa. Estas organizações ofendem gravemente a Deus, prejudicam os irmãos e lesam a criação, revestindo-se duma gravidade ainda maior se têm conotações religiosas.</div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 13px;">
Penso no drama dilacerante da droga com a qual se lucra desafiando leis morais e civis, na devastação dos recursos naturais e na poluição em curso, na tragédia da exploração do trabalho; penso nos tráficos ilícitos de dinheiro como também na especulação financeira que, muitas vezes, assume caracteres predadores e nocivos para inteiros sistemas económicos e sociais, lançando na pobreza milhões de homens e mulheres; penso na prostituição que diariamente ceifa vítimas inocentes, sobretudo entre os mais jovens, roubando-lhes o futuro; penso no abomínio do tráfico de seres humanos, nos crimes e abusos contra menores, na escravidão que ainda espalha o seu horror em muitas partes do mundo, na tragédia frequentemente ignorada dos emigrantes sobre quem se especula indignamente na ilegalidade. A este respeito escreveu <a href="http://www.vatican.va/holy_father/john_xxiii/index_po.htm" style="color: #ff9900;" target="_blank">João XXIII</a>: «Uma convivência baseada unicamente em relações de força nada tem de humano: nela vêem as pessoas coarctada a própria liberdade, quando, pelo contrário, deveriam ser postas em condição tal que se sentissem estimuladas a procurar o próprio desenvolvimento e aperfeiçoamento».[17] Mas o homem pode converter-se, e não se deve jamais desesperar da possibilidade de mudar de vida. Gostaria que isto fosse uma mensagem de confiança para todos, mesmo para aqueles que cometeram crimes hediondos, porque Deus não quer a morte do pecador, mas que se converta e viva (cf. <em>Ez</em> 18, 23).</div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 13px;">
No contexto alargado da sociabilidade humana, considerando o delito e a pena, penso também nas condições desumanas de muitos estabelecimentos prisionais, onde frequentemente o preso acaba reduzido a um estado sub-humano, violado na sua dignidade de homem e sufocado também em toda a vontade e expressão de resgate. A Igreja faz muito em todas estas áreas, a maior parte das vezes sem rumor. Exorto e encorajo a fazer ainda mais, na esperança de que tais acções desencadeadas por tantos homens e mulheres corajosos possam cada vez mais ser sustentadas, leal e honestamente, também pelos poderes civis.</div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 13px;">
<em>A fraternidade ajuda a guardar e cultivar a natureza</em></div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 13px;">
9. A família humana recebeu, do Criador, um dom em comum: a natureza. A visão cristã da criação apresenta um juízo positivo sobre a licitude das intervenções na natureza para dela tirar benefício, contanto que se actue responsavelmente, isto é, reconhecendo aquela «gramática» que está inscrita nela e utilizando, com sabedoria, os recursos para proveito de todos, respeitando a beleza, a finalidade e a utilidade dos diferentes seres vivos e a sua função no ecossistema. Em suma, a natureza está à nossa disposição, mas somos chamados a administrá-la responsavelmente. Em vez disso, muitas vezes deixamo-nos guiar pela ganância, pela soberba de dominar, possuir, manipular, desfrutar; não guardamos a natureza, não a respeitamos, nem a consideramos como um dom gratuito de que devemos cuidar e colocar ao serviço dos irmãos, incluindo as gerações futuras.</div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 13px;">
De modo particular o sector produtivo primário, o <em>sector agrícola</em>, tem a vocação vital de cultivar e guardar os recursos naturais para alimentar a humanidade. A propósito, a persistente vergonha da fome no mundo leva-me a partilhar convosco esta pergunta: <em>De que modo usamos os recursos da terra</em>? As sociedades actuais devem reflectir sobre a hierarquia das prioridades no destino da produção. De facto, é um dever impelente que se utilizem de tal modo os recursos da terra, que todos se vejam livres da fome. As iniciativas e as soluções possíveis são muitas, e não se limitam ao aumento da produção. É mais que sabido que a produção actual é suficiente, e todavia há milhões de pessoas que sofrem e morrem de fome, o que constitui um verdadeiro escândalo. Por isso, é necessário encontrar o modo para que todos possam beneficiar dos frutos da terra, não só para evitar que se alargue o fosso entre aqueles que têm mais e os que devem contentar-se com as migalhas, mas também e sobretudo por uma exigência de justiça e equidade e de respeito por cada ser humano. Neste sentido, gostaria de lembrar a todos o necessário <em>destino universal dos bens</em>, que é um dos princípios fulcrais da doutrina social da Igreja. O respeito deste princípio é a condição essencial para permitir um acesso real e equitativo aos bens essenciais e primários de que todo o homem precisa e tem direito.</div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 13px;">
<em>Conclusão</em></div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 13px;">
10. Há necessidade que a fraternidade seja descoberta, amada, experimentada, anunciada e testemunhada; mas só o amor dado por Deus é que nos permite acolher e viver plenamente a fraternidade.</div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 13px;">
O necessário realismo da política e da economia não pode reduzir-se a um tecnicismo sem ideal, que ignora a dimensão transcendente do homem. Quando falta esta abertura a Deus, toda a actividade humana se torna mais pobre, e as pessoas são reduzidas a objecto passível de exploração. Somente se a política e a economia aceitarem mover-se no amplo espaço assegurado por esta abertura Àquele que ama todo o homem e mulher, é que conseguirão estruturar-se com base num verdadeiro espírito de caridade fraterna e poderão ser instrumento eficaz de desenvolvimento humano integral e de paz.</div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 13px;">
Nós, cristãos, acreditamos que, na Igreja, somos membros uns dos outros e todos mutuamente necessários, porque a cada um de nós foi dada uma graça, segundo a medida do dom de Cristo, para utilidade comum (cf. <em>Ef</em> 4, 7.25; <em>1 Cor</em>12, 7). Cristo veio ao mundo para nos trazer a graça divina, isto é, a possibilidade de participar na sua vida. Isto implica tecer um relacionamento fraterno, caracterizado pela reciprocidade, o perdão, o dom total de si mesmo, segundo a grandeza e a profundidade do amor de Deus, oferecido à humanidade por Aquele que, crucificado e ressuscitado, atrai todos a Si: «Dou-vos um novo mandamento: que vos ameis uns aos outros; que vos ameis uns aos outros assim como Eu vos amei. Por isto é que todos conhecerão que sois meus discípulos: se vos amardes uns aos outros» (<em>Jo</em> 13, 34-35). Esta é a boa nova que requer, de cada um, um passo mais, um exercício perene de empatia, de escuta do sofrimento e da esperança do outro, mesmo do que está mais distante de mim, encaminhando-se pela estrada exigente daquele amor que sabe doar-se e gastar-se gratuitamente pelo bem de cada irmão e irmã.</div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 13px;">
Cristo abraça todo o ser humano e deseja que ninguém se perca. «Deus não enviou o seu Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por Ele» (<em>Jo</em> 3, 17). Fá-lo sem oprimir, sem forçar ninguém a abrir-Lhe as portas do coração e da mente. «O que for maior entre vós seja como o menor, e aquele que mandar, como aquele que serve – diz Jesus Cristo –. Eu estou no meio de vós como aquele que serve» (<em>Lc</em> 22, 26-27). Deste modo, cada actividade deve ser caracterizada por uma atitude de serviço às pessoas, incluindo as mais distantes e desconhecidas. O serviço é a alma da fraternidade que edifica a paz.</div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 13px;">
Que Maria, a Mãe de Jesus, nos ajude a compreender e a viver todos os dias a fraternidade que jorra do coração do seu Filho, para levar a paz a todo o homem que vive nesta nossa amada terra.</div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 13px;">
<em>Vaticano, 8 de Dezembro de 2013.</em></div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 13px;">
<br /></div>
<div align="center" style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 13px;">
<strong>FRANCISCUS</strong></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<hr size="1" style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 13px;" />
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 13px;">
[1]Cf. Carta enc. <a href="http://www.vatican.va/holy_father/benedict_xvi/encyclicals/documents/hf_ben-xvi_enc_20090629_caritas-in-veritate_po.html" style="color: #ff9900;" target="_blank"><em>Caritas in veritate</em></a> (29 de Junho de 2009), 19: <em>AAS</em> 101 (2009), 654-655.</div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 13px;">
[2]Cf. Francisco, Carta enc. <a href="http://www.vatican.va/holy_father/francesco/encyclicals/documents/papa-francesco_20130629_enciclica-lumen-fidei_po.html" style="color: #ff9900;" target="_blank"><em>Lumen fidei</em> </a>(29 de Junho de 2013), 54: <em>AAS</em> 105 (2013), 591-592.</div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 13px;">
[3]Cf. Paulo VI, Carta enc. <em><a href="http://www.vatican.va/holy_father/paul_vi/encyclicals/documents/hf_p-vi_enc_26031967_populorum_po.html" style="color: #ff9900;" target="_blank">Populorum progressio</a> </em>(26 de Março de 1967), 87: <em>AAS</em> 59 (1967), 299.</div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 13px;">
[4]Cf. João Paulo II, Carta enc. <em><a href="http://www.vatican.va/holy_father/john_paul_ii/encyclicals/documents/hf_jp-ii_enc_30121987_sollicitudo-rei-socialis_po.html" style="color: #ff9900;" target="_blank">Sollicitudo rei socialis</a></em> (30 de Dezembro de 1987), 39: <em>AAS</em> 80 (1988), 566-568.</div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 13px;">
[5]Carta enc. <em><a href="http://www.vatican.va/holy_father/paul_vi/encyclicals/documents/hf_p-vi_enc_26031967_populorum_po.html" style="color: #ff9900;" target="_blank">Populorum progressio</a> </em>(26 de Março de 1967), 43: <em>AAS</em> 59 (1967), 278-279.</div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 13px;">
[6]Cf. <em><a href="http://www.vatican.va/holy_father/paul_vi/encyclicals/documents/hf_p-vi_enc_26031967_populorum_po.html" style="color: #ff9900;" target="_blank">ibid</a>.</em>, 44: <em>o. c.</em>, 279.</div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 13px;">
[7]Carta enc. <em><a href="http://www.vatican.va/holy_father/john_paul_ii/encyclicals/documents/hf_jp-ii_enc_30121987_sollicitudo-rei-socialis_po.html" style="color: #ff9900;" target="_blank">Sollicitudo rei socialis</a></em> (30 de Dezembro de 1987), 38: <em>AAS</em> 80 (1988), 566.</div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 13px;">
[8]<em> <a href="http://www.vatican.va/holy_father/john_paul_ii/encyclicals/documents/hf_jp-ii_enc_30121987_sollicitudo-rei-socialis_po.html" style="color: #ff9900;" target="_blank">Ibid</a>.</em>, 38-39: <em>o. c.,</em> 566-567.</div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 13px;">
[9] <em><a href="http://www.vatican.va/holy_father/john_paul_ii/encyclicals/documents/hf_jp-ii_enc_30121987_sollicitudo-rei-socialis_po.html" style="color: #ff9900;" target="_blank">Ibid</a>.</em>, 40: <em>o. c.,</em> 569.</div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 13px;">
[10]<em> <a href="http://www.vatican.va/holy_father/john_paul_ii/encyclicals/documents/hf_jp-ii_enc_30121987_sollicitudo-rei-socialis_po.html" style="color: #ff9900;" target="_blank">Ibid</a>.</em>, 40: <em>o. c.</em>, 569.</div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 13px;">
[11]Cf. Carta enc. <a href="http://www.vatican.va/holy_father/benedict_xvi/encyclicals/documents/hf_ben-xvi_enc_20090629_caritas-in-veritate_po.html" style="color: #ff9900;" target="_blank"><em>Caritas in veritate</em></a> (29 de Junho de 2009), 19: <em>AAS</em> 101 (2009), 654-655.</div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 13px;">
[12]<em> Summa theologiae</em>, II-II, q. 66, a. 2.</div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 13px;">
[13] Conc. Ecum. Vat. II, Const. past. sobre a Igreja no mundo contemporâneo <em><a href="http://www.vatican.va/archive/hist_councils/ii_vatican_council/documents/vat-ii_const_19651207_gaudium-et-spes_po.html" style="color: #ff9900;" target="_blank">Gaudium et spes</a></em>, 69; cf. Leão XIII, Carta enc. <em><a href="http://www.vatican.va/holy_father/leo_xiii/encyclicals/documents/hf_l-xiii_enc_15051891_rerum-novarum_po.html" style="color: #ff9900;" target="_blank">Rerum novarum</a></em> (15 de Maio de 1891), 19: <em>ASS</em> 23 (1890-1891), 651; João Paulo II, Carta enc. <em><a href="http://www.vatican.va/holy_father/john_paul_ii/encyclicals/documents/hf_jp-ii_enc_30121987_sollicitudo-rei-socialis_po.html" style="color: #ff9900;" target="_blank">Sollicitudo rei socialis</a> </em>(30 de Dezembro de 1987), 42: <em>AAS</em> 80 (1988), 573-574; Pont. Conselho «Justiça e Paz», <em><a href="http://www.vatican.va/roman_curia/pontifical_councils/justpeace/documents/rc_pc_justpeace_doc_20060526_compendio-dott-soc_po.html" style="color: #ff9900;" target="_blank">Compêndio da Doutrina Social da Igreja</a></em>, 178.</div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 13px;">
[14] Carta enc. <em><a href="http://www.vatican.va/holy_father/john_paul_ii/encyclicals/documents/hf_jp-ii_enc_04031979_redemptor-hominis_po.html" style="color: #ff9900;" target="_blank">Redemptor hominis</a></em> (4 de Março de 1979), 16: <em>AAS</em> 61 (1979), 290.</div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 13px;">
[15]Cf. Pont. Conselho «Justiça e Paz», <em><a href="http://www.vatican.va/roman_curia/pontifical_councils/justpeace/documents/rc_pc_justpeace_doc_20060526_compendio-dott-soc_po.html" style="color: #ff9900;" target="_blank">Compêndio da Doutrina Social da Igreja</a></em>, 159.</div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 13px;">
[16] Francisco, <em><a href="http://www.vatican.va/holy_father/francesco/letters/2013/documents/papa-francesco_20130904_putin-g20_po.html" style="color: #ff9900;" target="_blank">Carta ao Presidente Vladimir Putin</a> </em>(4 de Setembro de 2013): <em>L’Osservatore Romano</em> (ed. portuguesa de 8/IX/2013), 5.</div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 13px;">
[17] Carta enc. <a href="http://www.vatican.va/holy_father/john_xxiii/encyclicals/documents/hf_j-xxiii_enc_11041963_pacem_po.html" style="color: #ff9900;" target="_blank"><em>Pacem in terris</em> </a>(11 de Abril de 1963), 17: <em>AAS</em> 55 (1963), 265.</div>
Inspirada por São Nuno, Protegida de Santo Antóniohttp://www.blogger.com/profile/05977249178865857657noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3835453994184334788.post-42247491349210276552013-12-31T22:14:00.000+00:002013-12-31T22:14:00.561+00:00FELIZ 2014!<div style="text-align: center;">
<img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhpfhsxpRKw5sTauH5MgpohEiGkiNFk2nnLkAxMd-NL9x4iYJQ63u__LbOn1V7EO1criP24BprrpeAxD5NSNjzwbZKHgiXkvomzTC-GTY7dRmlXq6nP3OL7wpzssBslSgLD2hnqK2MB-Ic/s400/feliz-ano-novo-8111%255B1%255D.jpg" /></div>
Inspirada por São Nuno, Protegida de Santo Antóniohttp://www.blogger.com/profile/05977249178865857657noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3835453994184334788.post-62590535360429622202013-12-30T22:17:00.004+00:002013-12-30T22:17:30.563+00:00O Natal português<br />
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;">
<b><span style="font-family: Calibri, sans-serif;">Inês Teotónio Pereira </span></b><br />ionline 28 Dez 2013<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;">
<b>"A consoada não é nada! As pessoas inventaram a consoada e já não vão à missa do galo porque têm de jantar, porque vão comer! Isto não faz sentido, é muito triste?"</b></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;">
<b><o:p></o:p></b></div>
<o:p style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;"></o:p><br style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;" /><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;">No domingo passado fui a uma missa celebrada pelo mítico padre Dâmaso. Era o domingo antes do Natal e o padre holandês estava visivelmente desanimado com a época natalícia e com a forma como as suas ovelhas a viviam. E como já não tem idade, nem feitio, nem paciência para dizer as coisas que pensa com suavidade, foi, digamos, acutilante. Começou o padre Dâmaso por dizer que o Natal não é uma festa de família: "Se quiserem fazer festas de família têm o ano inteiro para as fazer, o Natal é a celebração do nascimento de Jesus. Não é uma festa de família." As famílias presentes agitaram-se. Dizia o padre Dâmaso que durante a Primeira República - marcada pelo anticlericalismo, a perseguição religiosa e o domínio da maçonaria - tudo se fez para transformar o significado do Natal esvaziando-o da sua dimensão espiritual e religiosa e substituindo-a pela celebração da família. Jesus passou então a ter um papel secundário e a família ocupou o lugar do presépio. Passaram-se décadas e a família mantém o lugar cimeiro nesta época e Jesus passou a figurante, na melhor das hipóteses. </span><o:p style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;"></o:p><br style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;" /><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;">Bastante irritado com o estado de alma dos católicos representados naquela pequena assembleia, o padre Dâmaso continuou: "E a consoada? A consoada não é nada! As pessoas inventaram a consoada, o jantar na véspera de Natal, e já não vão à missa do galo porque têm de jantar, porque vão comer! Isto não faz sentido, é muito triste...", queixava-se o sacerdote holandês. "Onde está Jesus no Natal português?" </span><o:p style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;"></o:p><br style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;" /><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;">Nem de propósito, no dia seguinte, ouvi a seguinte expressão numa televisão: "O Natal também é celebrado segundo a tradição cristã." Ou seja, para quem não sabe, os cristãos também celebram o Natal. Imaginem só que existe uma coisa chamada missa do galo e, segundo eles, Jesus nasceu no Natal. O Natal afinal não é só família, presentes, peru, bacalhau, farófias e a "Música no Coração", vejam só. Parem as rotativas: há uma dimensão religiosa da coisa! Parece que há um grupo de pessoas dentro do grupo das pessoas católicas que acham que o Natal é a data de nascimento de Jesus, que nasceu e se fez Homem para nos dar a certeza de que Deus vive no meio de nós. E essa malta, que acredita nestas coisas, até vai à missa a meio da noite. Enfim, foleirices. </span><o:p style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;"></o:p><br style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;" /><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;">Mas o Natal português é moderno, não é foleiro. O nosso Natal é bastante terreno, palpável: é o dia em que nos empanturramos de doces, recebemos presentes, estamos com a família e fazemos a digestão esparralhados num sofá a ver a "Música no Coração" pela centésima vez. Jesus não tem nada a ver com isto. Mesmo para os católicos, cada ano que passa Jesus tem menos a ver com este ritual. O Pai Natal, as crianças e os centros comerciais tomaram conta da festa. No nosso Natal a religião é uma coisa estranha. </span><o:p style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;"></o:p><br style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;" /><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;">Diz o Papa Francisco que a Igreja precisa de ser um hospital de campanha. Ou seja, que é preciso tratar das feridas urgentes, que é preciso ir ao encontro das pessoas, principalmente dos próprios católicos, e que não basta ter as portas abertas. O nosso Natal é a prova viva dessa urgência. Ou o que sobrará para a história do Natal do Padre Dâmaso será apenas o anúncio do azeite Galo.</span>Inspirada por São Nuno, Protegida de Santo Antóniohttp://www.blogger.com/profile/05977249178865857657noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3835453994184334788.post-54031379574699476562013-12-24T12:30:00.000+00:002013-12-24T12:30:02.040+00:00SANTO NATAL!<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgdrb4Qy93LT5Gx-xQQoAsEpgL1zNKc6l3zqtyTjEcybVKnu6KlG_SILMZv4nKdPaR3NKUGGuuLETRjGwZaZDHnx_h9Cp2QTKmcW4CRezrcVU79SLNBHyj041jmiO5SWlacTnRUmgOhy-o/s1600/DSC02482.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgdrb4Qy93LT5Gx-xQQoAsEpgL1zNKc6l3zqtyTjEcybVKnu6KlG_SILMZv4nKdPaR3NKUGGuuLETRjGwZaZDHnx_h9Cp2QTKmcW4CRezrcVU79SLNBHyj041jmiO5SWlacTnRUmgOhy-o/s640/DSC02482.JPG" width="640" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<b><span style="color: #0b5394; font-size: large;">Presépio Machado de Castro da Basílica da Estrela</span></b></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<b><span style="color: #0b5394; font-size: large;"><br /></span></b></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="375" src="//www.youtube.com/embed/K7_oW3_-cQg" width="500"></iframe></div>
Inspirada por São Nuno, Protegida de Santo Antóniohttp://www.blogger.com/profile/05977249178865857657noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3835453994184334788.post-68809362570208224122013-12-23T19:30:00.003+00:002013-12-23T19:30:31.890+00:00Já cheira a Natal!<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="color: #3d85c6; font-size: large;"><b>OS FRITOS</b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjs6fy1VGHhp9aLoGjzXVNHAWe1y2InWSFJBbA-nGsIKHTTUuE5Y5wVIzSJG0bgkUp3pA5LHyGcQQxEC-ZKrF44NvTesaVVnYCKb6q8wbkCrVABR3NdjAYTm9pIRbHjdZY759ymJzjIWOY/s1600/DSC02300.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjs6fy1VGHhp9aLoGjzXVNHAWe1y2InWSFJBbA-nGsIKHTTUuE5Y5wVIzSJG0bgkUp3pA5LHyGcQQxEC-ZKrF44NvTesaVVnYCKb6q8wbkCrVABR3NdjAYTm9pIRbHjdZY759ymJzjIWOY/s640/DSC02300.JPG" width="640" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiAZ2J-IN0HQ8SgQLQZ-t0hszX2jj4M9NGznjViaTlyE_-nQWBVO2PcTwXOJVa7_g-FbB4oVQ9mlEyBtWoA8NY-ajE0V4iS-KzMHLzmrSGBHFQgf8o5MlHggIeuy1J3sergE-woVwrYfSc/s1600/DSC02301.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiAZ2J-IN0HQ8SgQLQZ-t0hszX2jj4M9NGznjViaTlyE_-nQWBVO2PcTwXOJVa7_g-FbB4oVQ9mlEyBtWoA8NY-ajE0V4iS-KzMHLzmrSGBHFQgf8o5MlHggIeuy1J3sergE-woVwrYfSc/s640/DSC02301.JPG" width="640" /></a></div>
<br />
<div style="text-align: center;">
<b><span style="color: #3d85c6; font-size: large;"><br /></span></b></div>
<div style="text-align: center;">
<b><span style="color: #3d85c6; font-size: large;">A MEXUDA DE ABÓBORA</span></b></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhrwmLo9XsETHY2Y6g_ONULwCUU5irrmTxbAzwx8RJ0AKXWac3Jg1UsdW4HNwFPannfVSFU5sVikgqSGNS0ydlo_xXhXS6PpaVXXckgL-ANEvImIcX4nFQJwb4CLtUSU0DCa5FypJtQBVA/s1600/DSC02330.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhrwmLo9XsETHY2Y6g_ONULwCUU5irrmTxbAzwx8RJ0AKXWac3Jg1UsdW4HNwFPannfVSFU5sVikgqSGNS0ydlo_xXhXS6PpaVXXckgL-ANEvImIcX4nFQJwb4CLtUSU0DCa5FypJtQBVA/s640/DSC02330.JPG" width="640" /></a></div>
<br />
<div style="text-align: center;">
<b><span style="color: #3d85c6; font-size: large;"><br /></span></b></div>
<div style="text-align: center;">
<b><span style="color: #3d85c6; font-size: large;">O PÃO ( acabadinho de cozer...)</span></b></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgRdwiuvGWhyphenhyphenXjU_hrhXb8b0X7D6YGpFDw0kNfCJ0VOvtK8FsOvxiXuZVPJxQoxfOnIzRlkqW3NkJfbJB5YAusXjrjxvzGW06mD5yhOV9v6I0YidIVV3bkCJ6zDAi7BUkURkn8iGoFsuHM/s1600/DSC02331.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgRdwiuvGWhyphenhyphenXjU_hrhXb8b0X7D6YGpFDw0kNfCJ0VOvtK8FsOvxiXuZVPJxQoxfOnIzRlkqW3NkJfbJB5YAusXjrjxvzGW06mD5yhOV9v6I0YidIVV3bkCJ6zDAi7BUkURkn8iGoFsuHM/s640/DSC02331.JPG" width="640" /></a></div>
<br />Inspirada por São Nuno, Protegida de Santo Antóniohttp://www.blogger.com/profile/05977249178865857657noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3835453994184334788.post-67098303633750476942013-12-18T23:59:00.000+00:002013-12-18T23:59:05.174+00:00Um simples minuto<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">Na noite da consoada, os lugares vazios são preenchidos pelas memórias. Lembrar os que fazem falta é homenagear o amor. Amar os que cá estão é criar memórias para o futuro. Por ser Natal, talvez faça sentido relembrar, reflectir, e sobretudo, dar.</span><br />
<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;"><br /></span>
<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;"><br /></span><br />
<div style="text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="//www.youtube.com/embed/ixC1AHc8icE" style="background-color: transparent;" width="560"></iframe></div>
Inspirada por São Nuno, Protegida de Santo Antóniohttp://www.blogger.com/profile/05977249178865857657noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3835453994184334788.post-30625401506483880142013-12-15T15:00:00.000+00:002013-12-18T23:55:36.580+00:00Duque de Bragança: “A lei do aborto a pedido tem provocado um genocídio encorajado pelo Estado"<b><i>Por Jornal i<br />publicado em 30 Nov 2013</i></b><div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<img height="223" src="http://www.ionline.pt/sites/default/files/styles/625x350-imagem_interior/public/imagens/0000067969.jpg" width="400" /></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
Para D. Duarte Pio, a baixa natalidade "compromete gravemente a sustentabilidade económica”</div>
<div style="text-align: left;">
O Duque de Bragança apelou hoje aos responsáveis, “em qualquer quadrante político”, para que cheguem a “consensos com base numa ética do interesse nacional e do desinteresse pessoal e partidário”.</div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
“No momento presente, Portugal encontra-se sob dependência de credores e burocratas estrangeiros, devido à irresponsabilidade de governantes que endividaram o País, gastando o que tínhamos em investimentos que não produziram riqueza mas que permitiram ganhos a um número reduzido de privilegiados e que lançaram muitos para o desemprego e pobreza”, lembrou Duarte Pio, na mensagem que assinala as comemorações do 1 de Dezembro.</div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
No entanto, o Duque de Bragança salienta “o magnífico exemplo que os portugueses têm dado no campo da resistência à adversidade e na preocupação com os que precisam de apoio”.</div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
D. Duarte Pio considera que a baixa natalidade em Portugal “compromete gravemente a sustentabilidade económica”. Para o Duque de Bragança, “a lei do aborto a pedido tem provocado um genocídio encorajado pelo Estado e pago com os nossos impostos”.</div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
“Enquanto no ano de 2012 nasceram menos de 90 mil crianças, nos últimos 5 anos foram mortas legalmente mais de 100 mil”, acrescentou.</div>
Inspirada por São Nuno, Protegida de Santo Antóniohttp://www.blogger.com/profile/05977249178865857657noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3835453994184334788.post-32414317637176866562013-12-12T23:49:00.000+00:002013-12-18T23:53:16.083+00:00Liberdade de expressão e juízo sobre a prática homossexual - por Pedro Vaz Patto<div class="MsoNormal" style="color: #333333; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px; text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 18px;">In Brotéria</span></div>
<div class="MsoNormal" style="color: #333333; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px; text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 18px;"> </span></div>
<div class="MsoNormal" style="color: #333333; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px; text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 18px;"> São várias as notícias, umas mais antigas e outras mais recentes, que fazem temer que a pretexto do respeito pela dignidade e não discriminação das pessoas de orientação homossexual, se pretenda limitar, de uma forma generalizada, a liberdade de expressão quanto ao juízo moral sobre a prática homossexual (não sobre a pessoa em si mesma, com a orientação sexual que não escolheu, mas sobre uma conduta e uma prática voluntárias).</span></div>
<div class="MsoNormal" style="color: #333333; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px; text-align: justify;">
<span style="background-color: white;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="color: #333333; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px; text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 18px;"> Vejamos algumas dessas notícias.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="color: #333333; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px; text-align: justify;">
<span style="background-color: white;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="color: #333333; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px; text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 18px;"> O caso que em primeiro lugar suscitou mais clamor foi o da condenação do pastor pentecostal sueco Ake Green. Por ter declarado publicamente, evocando as referências à prática homossexual no Antigo Testamento e nas cartas de São Paulo, que essa prática representa “uma perversão” e um “tumor na sociedade”, e que a tendência homossexual não era inata e era suscetível de mudança, sem ter deixado de afirmar que não condenava as pessoas, pois Jesus nunca inferiorizou ninguém, Ake Green foi judicialmente condenado pelo crime previsto no artigo 16.6, 8 do Código Penal sueco (ameaça ou injúria para com um grupo de pessoas com referência à sua raça, cor, origem nacional ou étnica, confissão, fé ou orientação sexual). Em recurso, veio a ser absolvido, já em 2005 <a href="http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=8322558455983006167#_ftn1" name="_ftnref1" style="color: #993322; text-decoration: none;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt;">[1]</span></span></span></a>.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="color: #333333; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px; text-align: justify;">
<span style="background-color: white;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="color: #333333; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px; text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 18px;"> Em 2006 o deputado francês Christian Vanneste foi condenado, pela <i>Cour Corretionelle </i>de Lille, por “injúrias públicas contra grupo de pessoas em razão da orientação sexual”, por ter afirmado que o comportamento homossexual é moralmente inferior ao comportamento heterossexual, uma vez que, segundo a máxima kantiana, não pode tornar-se regra universal sem dano para a Humanidade. Em recurso, veio a ser absolvido pela <i>Cour de Cassation</i>, por acórdão de 12 de Novembro de 2008<a href="http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=8322558455983006167#_ftn2" name="_ftnref2" style="color: #993322; text-decoration: none;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt;">[2]</span></span></span></a>.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="color: #333333; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px; text-align: justify;">
<span style="background-color: white;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="color: #333333; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px; text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 18px;"> Mais recentemente, foi noticiado que o deputado britânico Edward Leight apresentou um projeto de lei (<i>Bill for the protection of freedom of speech and conscience</i>) que pretende a proteção da liberdade de expressão no âmbito das relações de trabalho, de modo a evitar casos como o do Adrian Smith, punido pelo seu empregador por ter manifestado no<i>facebook </i>a sua oposição à legalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo<a href="http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=8322558455983006167#_ftn3" name="_ftnref3" style="color: #993322; text-decoration: none;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt;">[3]</span></span></span></a>.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="color: #333333; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px; text-align: justify;">
<span style="background-color: white;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="color: #333333; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px; text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 18px;"> Em Março deste ano, o Ministro da Educação do Estado canadiano de Yukon, invocando a legislação que proíbe a discriminação em função da orientação sexual, proibiu o ensino do catecismo da Igreja Católica no que à homossexualidade diz respeito nas escolas católicas que recebem fundos públicos<a href="http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=8322558455983006167#_ftn4" name="_ftnref4" style="color: #993322; text-decoration: none;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt;">[4]</span></span></span></a>. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="color: #333333; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px; text-align: justify;">
<span style="background-color: white;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="color: #333333; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px; text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 18px;"> Consta desse catecismo o seguinte:</span></div>
<div class="MsoNormal" style="color: #333333; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px; text-align: justify;">
<span style="background-color: white;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="color: #333333; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px; text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 18px;"> «<i>Apoiada na Sagrada Escritura, que os apresenta como depravações graves (Gn 19, 1-29; Rm 1, 24-27; 1 Co 6,10; 1 Tim 1,10</i>), <i>a Tradição sempre declarou que os atos de homossexualidade são intrinsecamente desordenados (CDF decl. Persona humana 8). São contrários à lei natural, fecham o ato sexual ao dom da vida, não procedem duma verdadeira complementaridade afetiva e sexual, não podem, em caso algum, receber aprovação</i>» (n. 2358)</span></div>
<div class="MsoNormal" style="color: #333333; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px; text-align: justify;">
<span style="background-color: white;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="color: #333333; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px; text-align: justify;">
<span style="background-color: white;"><i><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 18px;"> </span></i><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 18px;">Mas faz-se a distinção entre o pecado e o pecador, entre o erro e a pessoa que erra, pois há que condenar o erro e amar a pessoa que erra:</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="color: #333333; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px; text-align: justify;">
<span style="background-color: white;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="color: #333333; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px; text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 18px;"> «<i>Um número não desprezível de homens e mulheres apresenta tendências homossexuais profundas. Eles não escolhem a sua condição de homossexuais; essa condição constitui, para a maior parte deles, uma provação. Devem ser acolhidos com respeito, compaixão e delicadeza. Evitar-se-á, em relação a eles, qualquer discriminação injusta</i>» (n. 2359)</span></div>
<div class="MsoNormal" style="color: #333333; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px; text-align: justify;">
<span style="background-color: white;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="color: #333333; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px; text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 18px;"> Pois bem, foi este o ensinamento proibido nas escolas católicas que recebem fundos públicos do Estado canadiano de Yukon. Proibição que se noticia ter sido acatada<a href="http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=8322558455983006167#_ftn5" name="_ftnref5" style="color: #993322; text-decoration: none;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt;">[5]</span></span></span></a>.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="color: #333333; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px; text-align: justify;">
<span style="background-color: white;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="color: #333333; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px; text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 18px;"> A questão da distinção entre a condenação do erro e o respeito pela pessoa que erra (“<i>hate the sin, love the sinner”</i>) foi suscitada num outro caso judicial recente, também relativo ao Canadá.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="color: #333333; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px; text-align: justify;">
<span style="background-color: white;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="color: #333333; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px; text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 18px;"> O Supremo Tribunal canadiano confirmou, em recurso, a condenação, por parte da Comissão de Direitos Humanos da Província de Saskatchewann, de uma pessoa que distribuiu panfletos que condenavam a prática homossexual, apelando aos ensinamentos bíblicos que a apresentam como uma “abominação”, condenando a propaganda da homossexualidade nas escolas, afirmando que esta não é inata e a sua prática representa um comportamento aditivo e envolve uma maior probabilidade de contaminação da SIDA e de abusos sexuais de crianças. Estava em causa a aplicação do artigo 14º, 1, b), do Código de Direitos Humanos dessa Província, que pune o chamado “discurso de ódio” (“<i>hate speech</i>”). Uma punição análoga à do artigo 240º, nº 2, b), do Código Penal português, que, sob a epígrafe “discriminação racial, religiosa ou sexual”, pune a conduta de quem «difamar ou injuriar pessoa ou grupo de pessoas por causa da sua raça, cor, origem étnica ou nacional, religião, sexo ou orientação sexual…».</span></div>
<div class="MsoNormal" style="color: #333333; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px; text-align: justify;">
<span style="background-color: white;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="color: #333333; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px; text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 18px;"> A defesa argumentou que os textos em questão conciliavam a condenação do erro com o respeito para com a pessoa que erra (“<i>hate the sin, love the sinner</i>”). Mas o Tribunal não aceitou a relevância desta distinção, considerando que existe uma forte conexão entre a orientação sexual e a conduta sexual, e que quando a conduta visada pelo discurso é um aspeto crucial da identidade de um grupo vulnerável, os ataques a esta conduta são equiparáveis aos ataques ao próprio grupo. Será assim se o ataque a essa conduta provocar objetivamente o ódio e o desprezo pelo grupo<a href="http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=8322558455983006167#_ftn6" name="_ftnref6" style="color: #993322; text-decoration: none;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt;">[6]</span></span></span></a>. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="color: #333333; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px; text-align: justify;">
<span style="background-color: white;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="color: #333333; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;">
<span style="background-color: white; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 18px;"> Situações semelhantes a estas são apresentadas no Relatório de 2012 do Observatório sobre a Intolerância e a Discriminação contra os Cristãos na Europa<a href="http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=8322558455983006167#_ftn7" name="_ftnref7" style="color: #993322; text-decoration: none;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt;">[7]</span></span></span></a>.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="color: #333333; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;">
<span style="background-color: white;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="color: #333333; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px; text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 18px;"> Todos estes episódios estiveram presentes na mente de quem, em Itália, manifestou o receio de que o projeto de lei, recentemente aprovado, sobre a “homofobia” e a “transfobia” (que pune a discriminação e agrava as penas dos crimes cometidos em função da orientação sexual e da “identidade de género”), possa representar um perigo para a liberdade de expressão. Afirmou a propósito o Observatório Internacional Cardeal Van Thuan (dedicado ao estudo e difusão da doutrina social católica)<a href="http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=8322558455983006167#_ftn8" name="_ftnref8" style="color: #993322; text-decoration: none;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt;">[8]</span></span></span></a>:</span></div>
<div class="MsoNormal" style="color: #333333; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px; text-align: justify;">
<span style="background-color: white;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="color: #333333; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px; text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 18px;"> «<i>As notícias que nos chegam de outros países da Europa, onde leis semelhantes já estão em vigor, são alarmantes. Dizer que a família é somente aquela que é constituída por um homem e uma mulher pode ser qualificado como homofobia e perseguição. A leitura pública do livro do Génesis, sobra a criação do homem e da mulher, ou das passagens de São Paulo sobre a imoralidade do ato homossexual, pode ser considerad</i>a<i> crime. Ensinar numa escola qua a família é apenas uma pode ser considerado ato de discriminação por ódio homofóbico»</i>.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="color: #333333; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px; text-align: justify;">
<span style="background-color: white;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="color: #333333; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px; text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 18px;"> Também alertou para este perigo, por exemplo, o <i>Forum </i>das Associações Familiares, organismo que agrupa um grande número de associações católicas de apoio à família<a href="http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=8322558455983006167#_ftn9" name="_ftnref9" style="color: #993322; text-decoration: none;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt;">[9]</span></span></span></a>. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="color: #333333; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px; text-align: justify;">
<span style="background-color: white;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="color: #333333; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px; text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 18px;"> Em atenção a estes alertas, foi proposto por um grupo de deputados católicos um aditamento ao projeto inicial, que por várias pessoas veio a ser denominado “cláusula de salvaguarda”, com o seguinte teor: «<i>Não constituem discriminação as opiniões assumidas no interior de organizações que desempenhem atividades de natureza política, sindical, cultural e sanitária, de instrução, de religião ou de culto, relativas à atuação dos princípios e dos valores de relevo constitucional que caraterizam tais organizações</i>». Este aditamento foi aprovado, mas se há quem considere que com ele fica garantida a liberdade de expressão, esta opinião não é, porém, unânime<a href="http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=8322558455983006167#_ftn10" name="_ftnref10" style="color: #993322; text-decoration: none;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt;">[10]</span></span></span></a>.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="color: #333333; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px; text-align: justify;">
<span style="background-color: white;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="color: #333333; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px; text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 18px;"> O que a respeito desta questão e de cada um dos casos assinalados me parece de salientar é a importância de traçar uma fronteira que salvaguarde a liberdade de expressão consagrada no artigo 19º da Declaração Universal dos Direitos Humanos, no artigo 37º da Constituição da República Portuguesa e no artigo 10º da Convenção Europeia dos Direitos Humanos. A punição do chamado “discurso de ódio” (“<i><u>hate speech</u></i><u>”</u>) não pode servir de pretexto para impor um “pensamento único” e para punir “delitos de opinião”. Não é aceitável que o comportamento homossexual seja imune à crítica ou a um juízo ético, quando a tal crítica ou juízo não são imunes quaisquer outros comportamentos ou atitudes. Num contexto social e cultural tão cioso do valor da liberdade de expressão (por vezes, até em excesso), não é aceitável que se usem “dois pesos e duas medidas”.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="color: #333333; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px; text-align: justify;">
<span style="background-color: white;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="color: #333333; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px; text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 18px;"> E essa fonteira há de passar, precisamente, pela distinção entre o <i>erro </i>e a <i>pessoa que erra</i>. É lícito criticar o <i>erro</i> (pode até ser um dever moral fazê-lo), sem que isso permita desrespeitar a dignidade da <i>pessoa que erra</i> (numa perspetiva cristã, não é só o respeito que a essa pessoa é devido, é também o amor). Não nos cabe agora analisar cada um dos casos referidos e verificar se em cada um deles as expressões usadas são as mais adequadas ou oportunas, e se em cada um deles foi respeitada esta distinção. Ela foi, indubitavelmente, respeitada nos excertos do catecismo da Igreja Católica acima mencionados, os quais, como vimos, já foram, mesmo assim, considerados contrários ao respeito devido às pessoas de tendência homossexual. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="color: #333333; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px; text-align: justify;">
<span style="background-color: white;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="color: #333333; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px; text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 18px;"> A distinção referida (entre a crítica de uma conduta e o respeito pela pessoa em causa) deve servir também noutros âmbitos em que se suscita a necessidade de concordância prática entre a liberdade de expressão e o respeito pela dignidade da pessoa.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="color: #333333; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px; text-align: justify;">
<span style="background-color: white;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="color: #333333; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px; text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 18px;"> A crítica a determinada ideologia não pode, obviamente, ser vedada em nome do respeito pelas pessoas que aderem a essa ideologia. O respeito pelas pessoas que aderem ao comunismo, ao fascismo ou ao liberalismo não impede a crítica a qualquer destas ideologias.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="color: #333333; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px; text-align: justify;">
<span style="background-color: white;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="color: #333333; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px; text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 18px;"> No âmbito da atividade política, a crítica de atos e opções concretas (mesmo que em termos duros, agressivos ou injustos) é livre e deve compatibilizar-se com o respeito pela dignidade das pessoas que aí atuam. Esta distinção (entre a livre crítica dos atos e o respeito pela dignidade das pessoas) não pode ser esquecida, para que se evitem dois extremos: um, o de considerar que na vida política “vale tudo”, a dignidade das pessoas não conta e a injúria e difamação de crimes passam a direitos; outro, o de limitar o direito de crítica (base da vida democrática) em nome da tutela da dignidade e honra das pessoas que atuam na política.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="color: #333333; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px; text-align: justify;">
<span style="background-color: white;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="color: #333333; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px; text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 18px;"> A distinção vale noutros âmbitos. O respeito pelas pessoas que professam determinada religião (cristã, muçulmana ou outra), pela sua dignidade e pelos seus sentimentos religiosos (o que supõe o respeito por figuras e símbolos tidos por sagrados) não pode impedir a crítica à religião, à religião em geral, ou a uma religião em particular. E é possível alcançar a conciliação entre estas duas exigências se a crítica se situar no plano da discussão racional e argumentada e do debate de ideias (a que se pode responder no mesmo plano), não se confundindo com o escárnio e a ofensa gratuita (a que não pode responder-se no plano da discussão racional e do debate de ideias).</span></div>
<div class="MsoNormal" style="color: #333333; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px; text-align: justify;">
<span style="background-color: white;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="color: #333333; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px; text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 18px;"> E assim também no âmbito da crítica literária, artística ou desportiva. Pode criticar-se o valor de uma obra ou de uma prestação (até de modo fortemente depreciativo, eventualmente injusto), salvaguardando o respeito devido à pessoa autora dessa obra ou prestação.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="color: #333333; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px; text-align: justify;">
<span style="background-color: white;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="color: #333333; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px; text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 18px;"> A punição do chamado “discurso de ódio” também há de ter em conta esta distinção. Deve salientar-se que entre os fatores que, de acordo com a generalidade das legislações que punem o “discurso de ódio”, identificam a vulnerabilidade de um grupo carente de especial proteção, estão alguns (como o sexo, a raça, a origem étnica, ou a deficiência, este habitualmente esquecido pelas legislações) em relação aos quais não se suscita a questão da distinção que vimos referindo. Mas não assim em relação a outros: o respeito devido às minorias religiosas não impede a crítica à religião por elas professada. Do mesmo modo, o respeito devido às pessoas de tendência homossexual, particularmente importante por se tratar de uma minoria tradicionalmente marginalizada, não pode impedir a crítica à prática homossexual, ou um juízo ético negativo a respeito dessa prática. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="color: #333333; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px; text-align: justify;">
<span style="background-color: white;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="color: #333333; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px; text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 18px;"> Nesta linha, não me parece aceitável a argumentação do Supremo Tribunal canadiano a que acima aludi, segundo a qual ao criticar uma conduta que é constitutiva da identidade de um grupo estaremos a criticar (e ofender) o próprio grupo. Em coerência com este raciocínio, aplicando-o a outros âmbitos, chegaremos a consequências inaceitáveis para quem preze o valor da liberdade de expressão: não seria possível a crítica a determinada religião ou ideologia porque elas fazem parte da identidade de um determinado grupo (como o faria a conduta homossexual) e esse grupo sentir-se-ia ofendido com a crítica a essa religião ou ideologia.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="color: #333333; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px; text-align: justify;">
<span style="background-color: white;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="color: #333333; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px; text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 18px;"> É sempre possível, em qualquer destes casos, responder à crítica no plano da discussão racional e argumentada, sem recurso a proibições e condenações judiciais. Há quem pretenda aceitar o recurso a essas proibições e condenações no âmbito da crítica à conduta homossexual, quando ele não é aceite em qualquer outro âmbito.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="color: #333333; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px; text-align: justify;">
<span style="background-color: white;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="color: #333333; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px; text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 18px;"> Deve, pois, manter-se a distinção entre a livre crítica de um comportamento e o respeito pela pessoa que adote esse comportamento, para que sejam simultaneamente salvaguardados, em quaisquer âmbitos (sem “dois pesos e duas medidas”), a liberdade de expressão e o respeito pela dignidade das pessoas.</span></div>
<div style="color: #333333; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px;">
<span style="background-color: white;"><br clear="all" /></span><hr align="left" size="1" width="33%" />
<div id="ftn1">
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white;"><a href="http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=8322558455983006167#_ftnref1" name="_ftn1" style="color: #993322; text-decoration: none;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 10pt; line-height: 14px;">[1]</span></span></a><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 10pt; line-height: 14px;"> Pode ver-se informação sobre o caso em <i>www.akegreen.</i>org.</span></span></div>
</div>
<div id="ftn2">
<div class="MsoFootnoteText">
<span style="background-color: white;"><a href="http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=8322558455983006167#_ftnref2" name="_ftn2" style="color: #993322; text-decoration: none;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 14px;">[2]</span></span></span></span></a><span lang="FR" style="font-family: 'Times New Roman', serif;"> Ver </span><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"><a href="http://www.courdecassation.fr/jurisprudence_2%20/chambre_criminelle_578/5530_12_12281.html" style="color: #993322; text-decoration: none;"><i><span lang="FR" style="color: windowtext;">http://www.courdecassation.fr/jurisprudence_2 /chambre_criminelle_578/5530_12_12281.html</span></i></a></span><span lang="FR" style="font-family: 'Times New Roman', serif;"></span></span></div>
<div class="MsoFootnoteText">
<span style="background-color: white;"><br /></span></div>
</div>
<div id="ftn3">
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white;"><a href="http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=8322558455983006167#_ftnref3" name="_ftn3" style="color: #993322; text-decoration: none;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 10pt; line-height: 14px;">[3]</span></span></a><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 10pt; line-height: 14px;"> Ver <a href="http://www.mercatornet.com/" style="color: #993322; text-decoration: none;"><i><span style="color: windowtext;">www.mercatornet.com</span></i></a><i> /conjugality/ 29/1/2013</i>).</span></span></div>
</div>
<div id="ftn4">
<div class="MsoFootnoteText">
<span style="background-color: white;"><a href="http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=8322558455983006167#_ftnref4" name="_ftn4" style="color: #993322; text-decoration: none;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 14px;">[4]</span></span></span></span></a><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"> Ver <a href="http://www.lifesitenews.com/" style="color: #993322; text-decoration: none;"><i><span style="color: windowtext;">www.lifesitenews.com</span></i></a>,21/3/2013, e <a href="http://www.lastampa.it/" style="color: #993322; text-decoration: none;"><i><span style="color: windowtext;">www.lastampa.it</span></i></a>, 28/3/2013</span></span></div>
</div>
<div id="ftn5">
<div class="MsoFootnoteText">
<span style="background-color: white;"><a href="http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=8322558455983006167#_ftnref5" name="_ftn5" style="color: #993322; text-decoration: none;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 14px;">[5]</span></span></span></span></a><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"> Ver <a href="http://www.lifesitenews.com/" style="color: #993322; text-decoration: none;"><i><span style="color: windowtext;">www.lifesitenews.com</span></i></a>, 18/10/2013</span></span></div>
</div>
<div id="ftn6">
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white;"><a href="http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=8322558455983006167#_ftnref6" name="_ftn6" style="color: #993322; text-decoration: none;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 10pt; line-height: 14px;">[6]</span></span></a><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 10pt; line-height: 14px;"> O acórdão pode ser consultado em <a href="http://scc.lexum.org/decisia-scc-csc/scc-csc/scc-csc/en/item%20/12876/index.do" style="color: #993322; text-decoration: none;"><i><span style="color: windowtext;">http://scc.lexum.org/decisia-scc-csc/scc-csc/scc-csc/en/item /12876/index.do</span></i></a>.</span></span></div>
<div class="MsoFootnoteText">
<span style="background-color: white;"><br /></span></div>
</div>
<div id="ftn7">
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white;"><a href="http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=8322558455983006167#_ftnref7" name="_ftn7" style="color: #993322; text-decoration: none;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 10pt; line-height: 14px;">[7]</span></span></a><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 10pt; line-height: 14px;"> <span lang="EN-US">Ver </span></span><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 10pt; line-height: 14px;"><a href="http://www.intoleranceagainstchristians.eu/fileadmin/user_upload/reports/Legal_Limitations_%20Affecting_Christians_as_well_as_Cases_of_2012_Webversion_of_Report_by_OIDAC.pdf" style="color: #993322; text-decoration: none;"><i><span lang="EN-US" style="color: windowtext;">http://www.intoleranceagainstchristians.eu/fileadmin/user_upload/reports/Legal_Limitations_ Affecting_Christians_as_well_as_Cases_of_2012_Webversion_of_Report_by_OIDAC.pdf</span></i></a></span><span lang="EN-US" style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 10pt; line-height: 14px;">, pgs. 17 a 19.</span></span></div>
</div>
<div id="ftn8">
<div class="MsoFootnoteText">
<span style="background-color: white;"><a href="http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=8322558455983006167#_ftnref8" name="_ftn8" style="color: #993322; text-decoration: none;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 14px;">[8]</span></span></span></span></a><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"> Ver <a href="http://www.zenit.org/" style="color: #993322; text-decoration: none;"><i><span style="color: windowtext;">www.zenit.org</span></i></a>, 18/7/2013.</span></span></div>
<div class="MsoFootnoteText">
<span style="background-color: white;"><br /></span></div>
</div>
<div id="ftn9">
<div class="MsoFootnoteText">
<span style="background-color: white;"><a href="http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=8322558455983006167#_ftnref9" name="_ftn9" style="color: #993322; text-decoration: none;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 14px;">[9]</span></span></span></span></a><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"> Ver <i>Avvenire, </i>25/7/2013</span></span></div>
<div class="MsoFootnoteText">
<span style="background-color: white;"><br /></span></div>
</div>
<div id="ftn10">
<div class="MsoFootnoteText">
<span style="background-color: white;"><a href="http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=8322558455983006167#_ftnref10" name="_ftn10" style="color: #993322; text-decoration: none;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; line-height: 14px;">[10]</span></span></span></span></a><span lang="IT" style="font-family: 'Times New Roman', serif;"> Ver <i>Avvenire, </i>24/7/2013, e Adriana Cosseddu, <i>Riscrivere l´ Umanità dell´Uomo?</i>, <i>in </i>Città Nuova, nº 20, 25/10/2013, pgs. 20 e 21.</span></span></div>
</div>
</div>
Inspirada por São Nuno, Protegida de Santo Antóniohttp://www.blogger.com/profile/05977249178865857657noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3835453994184334788.post-72220069235582424912013-12-08T00:30:00.000+00:002013-12-18T23:49:28.569+00:00Dia da Imaculada Conceição, Padroeira de Portugal - Dia da Mãe<div style="text-align: center;">
<img height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjnYV0ZQYuDiR9LEWvlfAE-QqPG4GnzwqQBsRJNeQkD1tNY0nnD-wAGx9uA4IGvvPKYnMn0445rUMDA0kzd1G4PYNnLIbcPKmalGzfSSxzTLlmvW8fSAjCzNGVFgAYn5jE8c65QQTYPFr25/s400/Imaculada.jpg" width="317" /></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="color: magenta; font-size: large;"><b><br /></b></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="color: blue; font-size: large;"><b>UM BEIJINHO ESPECIAL A TODAS AS MÃES!</b></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="color: blue; font-size: large;"><b><br /></b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgob0zOGClEKYUl-ASHZ5YH7f9TknQ2jzr42I0O-1yS_D4t9-_IdvCXUQVrqCw3pWIHxf3laEhDBw7ahwJiRYTPvaDtzfpd5VE4ANybQzgDBSBuS7ehdkaEasuiH3U_drRQwu32KVzbXKo/s1600/DSC02327.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgob0zOGClEKYUl-ASHZ5YH7f9TknQ2jzr42I0O-1yS_D4t9-_IdvCXUQVrqCw3pWIHxf3laEhDBw7ahwJiRYTPvaDtzfpd5VE4ANybQzgDBSBuS7ehdkaEasuiH3U_drRQwu32KVzbXKo/s400/DSC02327.JPG" width="300" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="color: blue; font-size: large;"><b><br /></b></span></div>
Inspirada por São Nuno, Protegida de Santo Antóniohttp://www.blogger.com/profile/05977249178865857657noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3835453994184334788.post-15055488816623610372013-12-07T03:30:00.000+00:002013-12-18T23:45:03.187+00:00Rainha<b><i>Pe. Gonçalo Portocarrero de Almada<br />ionline 2013-12-07</i></b><br /><br /><div style="text-align: center;">
<img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhB2ST9xdKJs8GaDsnHDqi2BT059FbpscKPNTvSHKgVYv3_5xfuYyaJhxFLLGIZ2vlizNcGdQlotSw-w9tlV6lii5e6CQa10Zb1eL1aOJFZyk9IqNwyvjY9V1OB64ntuaPjD6L7Zn12F6c/s320/image001-700275.jpg" /></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
Não obstante a antidemocrática cláusula constitucional que não permite outro regime que não seja o republicano, Portugal tem uma Rainha: Nossa Senhora, de quem amanhã se festeja a Imaculada Conceição. <br />Em poucos países está, como nesta abençoada terra de Santa Maria, tão arraigada esta devoção. Com efeito, embora a correspondente definição dogmática seja relativamente tardia, uma vez que só ocorreu em 1854, em Portugal sempre se acreditou que Maria foi concebida sem pecado original, por um especial privilégio devido à sua futura maternidade divina e por antecipada aplicação dos méritos de Cristo. Na Universidade de Coimbra, em tempos idos, ninguém podia obter um grau académico sem se comprometer a defender a Imaculada Conceição de Nossa Senhora. <br />Foi em circunstâncias particularmente difíceis da história nacional que, à Mãe de Deus, foi dado o título de Rainha de Portugal: precisamente quando, recuperada a independência a 1 de Dezembro de 1640, o país teve que defender-se, com armas na mão, das pretensões castelhanas à nossa terra, finalmente liberta da dominação filipina. <br />Em tempos igualmente conturbados, como foram a primeira República e, mais recentemente, o PREC, muitos portugueses recorreram, com êxito, a esta nossa Rainha. Nesta prolongada crise nacional – moral, demográfica, política e económica – importa não esquecer esta celestial protectora. Se mais se rezasse a Nossa Senhora, decerto que mais depressa e melhor Portugal ultrapassaria a actual situação. Como quando, em 1385, 1640 e 1975, sob o pendão da nossa Rainha, se garantiu a nossa soberania e liberdade. <br />Para quem duvida da eficácia destes meios espirituais, vale a pena recordar que, há escassos meses, uma aparentemente inevitável ocupação militar da Síria foi talvez impedida, graças à oração e ao jejum que, para este efeito, o Papa Francisco convocou os cristãos e os homens de boa vontade de todo o mundo.Inspirada por São Nuno, Protegida de Santo Antóniohttp://www.blogger.com/profile/05977249178865857657noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3835453994184334788.post-30266626807717673652013-12-01T01:00:00.000+00:002013-12-18T23:39:51.093+00:00Mensagem de SAR, O Senhor Dom Duarte Pio, Duque de Bragança<div style="text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="//www.youtube.com/embed/y4e_LUbcgF4" width="560"></iframe></div>
Inspirada por São Nuno, Protegida de Santo Antóniohttp://www.blogger.com/profile/05977249178865857657noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3835453994184334788.post-39272193673321062262013-12-01T00:00:00.000+00:002013-12-18T23:37:56.179+00:001º De Dezembro - Restauração da Independência<div style="text-align: center;">
<img alt="Aclamação de D. João IV" src="http://www.arqnet.pt/imagens3/ph_aclamacao.jpg" /></div>
Inspirada por São Nuno, Protegida de Santo Antóniohttp://www.blogger.com/profile/05977249178865857657noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3835453994184334788.post-12784326577705076172013-11-25T00:30:00.000+00:002013-12-18T23:43:00.877+00:00PARABÉNS INFANTE!<div style="text-align: center;">
<img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEicYJIbk4TUSYlShExyX6RGJROdd4TnVnN33x9CtZpHHIkF3sh5KxX2AR2jzOJwx_vbrTpRzVLbKrL21hTU29abq63dikvx4ZgsijKwyMq4Y58lTuXylcOFAunaomAM8jkzwTQ4Is-Aqaxm/s1600/19232_101478306553126_100000728725051_39577_483253_n.jpg" /></div>
Inspirada por São Nuno, Protegida de Santo Antóniohttp://www.blogger.com/profile/05977249178865857657noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3835453994184334788.post-45358348581973380602013-11-22T01:00:00.000+00:002013-12-18T23:41:26.638+00:00PARABÉNS RAINHA!<div style="text-align: center;">
<img alt="Sua Alteza Real a Duquesa de Bragança Senhora Dona Isabel" height="400" src="http://www.casarealportuguesa.org/dynamicdata/assetmanager/images/casa%20real/duquesa_de_braganca2.jpg" width="260" /></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
Inspirada por São Nuno, Protegida de Santo Antóniohttp://www.blogger.com/profile/05977249178865857657noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3835453994184334788.post-41368358761145224002013-11-06T00:30:00.000+00:002013-12-18T23:31:44.339+00:00Dia de São Nuno de Santa Maria<div style="text-align: center;">
<img src="http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/b/b2/S%C3%A3o_nun%27alvares_pereira.jpg/250px-S%C3%A3o_nun%27alvares_pereira.jpg" /></div>
Inspirada por São Nuno, Protegida de Santo Antóniohttp://www.blogger.com/profile/05977249178865857657noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3835453994184334788.post-65752273728439276462013-11-03T02:00:00.000+00:002013-12-18T23:35:31.971+00:00Um artigo a ler...<div style="text-align: center;">
<img height="137" src="http://expresso.sapo.pt//imv/1/837/809/henriqueraposo-db0c.jpg" width="400" /></div>
<br />Ao contrário do que reza a lenda republicana e soarista, a I República não deu o sufrágio universal aos portugueses. Aliás, a Monarquia foi mais democrática do que a República. Nos primeiros anos, Afonso Costa manteve o sufrágio censitário herdado da Monarquia (o normal na época), mas em 1913 cortou para metade o número de eleitores. Além disso, convém registar que as eleições da I República não eram muito diferentes das eleições no Estado Novo. Para assegurar o resultado certo, o Partido Democrático colocava capangas junto das urnas. E na questão da liberdade de imprensa? A nossa Monarquia foi um dos regimes mais livres de toda a Europa. Durante décadas, os republicanos tiveram liberdade total para fazerem comícios e publicarem pasquins anti-Monarquia. Ao invés, o Partido Democrático atacou violentamente a liberdade de imprensa. De forma rotineira, os capangas da "formiga branca" vandalizavam as sedes dos jornais inimigos do partido.<br /><br />A I República foi um regime de partido único. Não foi um regime inclusivo, não foi o chão comum constitucional e democrático para todas as facções. Pelo contrário, foi o veículo que uma facção usou para humilhar as outras facções.<br /><br /><span style="border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 11px; margin: 0px; padding: 0px;"><br />Ler mais: <a href="http://expresso.sapo.pt/e-ridiculo-comparar-a-i-republica-com-esta-iii-republica=f821003#ixzz2ns9uz7e2" style="border: 0px; color: #003399; margin: 0px; padding: 0px; text-decoration: none !important;">http://expresso.sapo.pt/e-ridiculo-comparar-a-i-republica-com-esta-iii-republica=f821003#ixzz2ns9uz7e2</a></span>Inspirada por São Nuno, Protegida de Santo Antóniohttp://www.blogger.com/profile/05977249178865857657noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3835453994184334788.post-56069119835228963472013-11-01T00:00:00.000+00:002013-12-18T23:33:27.036+00:00Dia de Todos os Santos<div style="text-align: center;">
<img height="320" src="http://cleofas.com.br/wp-content/uploads/2013/11/todos_os_santos.jpg" width="640" /></div>
Inspirada por São Nuno, Protegida de Santo Antóniohttp://www.blogger.com/profile/05977249178865857657noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3835453994184334788.post-32219866056937182742013-10-06T03:30:00.000+01:002013-10-06T21:32:28.094+01:00O Branqueamento da História da Primeira República: A Celebração da Ignomínia<br />
<div class="separator" style="background-color: white; clear: both; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 21px; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-6sOzmkIdBIA/Uk-y-gOWb1I/AAAAAAAAIdA/tsTqR535RL0/s1600/1+(3).jpg" imageanchor="1" style="color: #949494; margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-decoration: none;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/-6sOzmkIdBIA/Uk-y-gOWb1I/AAAAAAAAIdA/tsTqR535RL0/s1600/1+(3).jpg" style="-webkit-box-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.0980392) 1px 1px 5px; border: 1px solid rgb(242, 242, 242); box-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.0980392) 1px 1px 5px; padding: 5px; position: relative;" /></a></div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 21px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 21px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 21px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 21px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 21px; text-align: right;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: medium;"><i>"Bandidos da pior espécie, (...) gatunos com o seu quanto de ideal verdadeiro, anarquistas natos com grandes patriotismos íntimos - de tudo isto vimos na açorda falsa que se seguiu à implantação do regime [republicano]."</i> <b>- Fernando Pessoa (1888 - 1935)</b></span></span></div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 21px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 21px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: medium;"><span style="font-size: large;">T</span>odos os anos a 5 de Outubro, assistimos à repetição do mesmo ritual que não só já cansa, como se tornou entretanto demasiado caro para os bolsos do típico contribuinte português. A Terceira República Portuguesa - um regime gasto, corrupto e a cair de podre - celebra a imposição da sua antecessora em 1910 através de um golpe de Estado maçónico. Multiplicam-se por estas alturas os congressos e as conferências em que a Primeira República é romanticamente apresentada como o "ideal perdido". Nas escolas, a pouca história que ainda se vai ensinando raramente aborda "o outro lado" da Primeira República. Quem escreve os manuais de história, é sempre muito rápido em dedicar páginas inteiras às torturas e prisões arbitrárias feitas pela PIDE/DGS durante o Estado Novo, mas sobre as torturas e prisões arbitrárias levadas a cabo pelo regime republicano - de imposição e inspiração maçónica - aí já poucos tocam no assunto...</span></span></div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 21px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 21px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: medium;">A Primeira República transformou a ditadura no seu <i>modus operandi</i>de governação, e na prática esta alternou sempre entre a supressão das liberdades e o anarquismo bombista. Quando o Partido Republicano foi fundado em 1876, os partidários das ideias republicanas não passavam de uma pequena seita que muitos tomavam por idealistas "lunáticos" e "utópicos", concentrados principalmente em Lisboa, Porto e Coimbra, fora destes centros urbanos praticamente ninguém os conhecia. Fundado pela Maçonaria como uma via para atingir o poder absoluto, o Partido Republicano apenas se conseguiu desenvolver mais a sério a partir de 1890, devido em parte ao Ultimato Inglês com o qual o Partido Repúblicano capitalizou e por outro lado, devido à crise que a monarquia já vinha atravessando desde o início do século XIX e que se agudizou nos finais do mesmo.</span></span></div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 21px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: medium;"><br /></span></span></div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 21px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: medium;">O "braço armado" do Partido Repúblicano foi a Carbonária, um autêntico grupo terrorista na verdadeira acepção do termo, cujo objectivo era levar a cabo acções violentas e clandestinas. Foi esta mesma carbonária que veio a assassinar o Rei D. Carlos e o seu filho em 1908 e dois anos depois, desgastada por tanto caos e desordem, a monarquia constitucional acabou derrubada por via de um golpe de estado maçónico.</span></span></div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 21px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 21px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: medium;">Ao contrário da mentira soarista e maçónica tão propagada para enganar os mais ingénuos e desconhecedores da verdade, a Primeira República não deu o sufrágio universal aos portugueses como é comummente aceite. Ao invés, inicialmente foi mantido o sufrágio censitário herdado da monarquia constitucional e logo em 1913, Afonso Costa reduziu para metade o número de eleitores. Por outro lado, quando havia eleições era muito comum haver capangas ao lado das urnas de forma a garantir o resultado "adequado"...</span></span></div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 21px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 21px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: medium;">Outro dos alvos a abater pelo Regime Repúblicano foi a liberdade de imprensa que praticamente nunca havia sido restringida durante a monarquia constitucional. Bem pelo contrário, os republicanos durante a monarquia constitucional sempre tiveram toda a liberdade para imprimir e distribuir todos os pasquins e panfletos anti-monárquicos que quiseram. Mas uma vez chegados ao poder, não tardou para que estes "cospissem no prato em que comeram" e dessem início a uma campanha violenta contra a liberdade de imprensa. Por exemplo, era "normal" grupos de capangas como o da "formiga branca" tomarem de assalto e vandalizarem as sedes dos jornais dos seus opositores políticos.</span></span></div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 21px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: medium;"><br /></span></span></div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 21px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: medium;">Para além do grupo da "formiga branca", havia inúmeros outros grupos armados que funcionavam como "braços armados" do grupo político ao qual estavam ligados. Tínhamos assim o grupo do "Pinto", o grupo do "Ai-ó-Linda", a "Camioneta Fantasma", etc... Todos estes grupelhos funcionavam como pequenas células terroristas cuja única função era a de espancar, intimidar e destruir bens materiais pertencentes aos seus opositores políticos. </span></span></div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 21px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: medium;"><br /></span></span></div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 21px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: medium;">O próprio regime Republicano também tinha na sua estrutura legal duas forças de polícia nas quais confiava para "tratar" dos opositores do regime, nomeadamente a Polícia Preventiva e a Polícia de Emigração criadas em 1918 e que posteriormente vieram a ter uma evolução vária.</span></span></div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 21px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: medium;"><br /></span></span></div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 21px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: medium;">A Igreja Católica, que os republicanos haviam jurado exterminar em duas gerações, foi marcada como outro alvo a abater pelos mesmos. A fanática perseguição ao clero que se seguiu à implantação da república, assim como a humilhação a que muitos membros do mesmo foram sujeitos, não tardou a semear ódios entre a população que era à época profundamente católica e via com maus olhos esta afronta às suas tradições.</span></span></div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 21px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 21px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: medium;">Em apenas 16 anos, a Primeira República conseguiu o "mérito" de ter tido oito chefes de Estado, 52 governos, oito parlamentos e 11 ditaduras! Dos oito chefes de Estado, um foi assassinado, dois foram exilados, um resignou, dois renunciaram e um acabou destituído. Foi toda esta loucura e desordem político-social que levou as Forças Armadas a derrubar a Primeira República a 28 de Maio de 1926. Os partidos políticos, que se haviam transformado num autêntico cancro da Nação, foram mais tarde ilegalizados pelo Estado Novo, por culpa única e exclusiva do seu péssimo comportamento que havia deixado Portugal à beira do abismo.</span></span></div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 21px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 21px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: medium;">A Primeira República não conseguiu realizar quase nada daquilo a que se havia proposto em 1910 e a sua tão badalada "panaceia universal" para resolver todos os males da Nação traduziu-se através da miséria moral a que reduziu a política, em conjunto com o facto de ter deixado Portugal financeira e economicamente na sarjeta. Todo este desastre só podia inevitavelmente vir a desembocar numa ditadura como a do Estado Novo que se veio a consolidar definitivamente em 1933 e que se pautou pelo anti-parlamentarismo, anti-liberalismo e anti-marxismo como formas de inverter os males provocados pela Primeira República à Nação portuguesa.</span></span></div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 21px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 21px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 21px; text-align: right;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 21px; text-align: right;">
<b><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: medium;">João José Horta Nobre</span></span></b></div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 21px; text-align: right;">
<b><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: medium;">Outubro de 2013</span></span></b></div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 21px; text-align: right;">
<b><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: medium;"><br /></span></span></b></div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 21px; text-align: left;">
<b><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: medium;"><a href="http://historiamaximus.blogspot.pt/">Daqui</a></span></span></b></div>
Inspirada por São Nuno, Protegida de Santo Antóniohttp://www.blogger.com/profile/05977249178865857657noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3835453994184334788.post-6136413601563258242013-09-11T17:23:00.001+01:002013-09-11T17:23:09.727+01:00A insuportável arrogância da esquerda<div class="byline" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px; margin-bottom: 6pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm;">
<span class="fn"><span style="font-size: 8.5pt; text-transform: uppercase;">M. FÁTIMA BONIFÁCIO</span></span><span class="apple-converted-space"><span style="font-size: 8.5pt;"> </span></span><span style="font-size: 8.5pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="meta-timestamp" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px; margin: 0cm;">
<span style="color: #999999; font-family: Helvetica, sans-serif; font-size: 8.5pt;">Público, 04/09/2013<o:p></o:p></span></div>
<div class="subcaixacontainer" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px; margin-bottom: 15pt; margin-left: 149.25pt; margin-right: 0cm;">
<span style="font-family: Georgia, serif;"><br /></span></div>
<div class="subcaixacontainer" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px; margin-bottom: 15pt; margin-left: 149.25pt; margin-right: 0cm;">
<span style="font-family: Georgia, serif;">Não me espanta mesmo nada a displicência enfadada com que foi pela Esquerda acolhida a notícia da morte de António Borges, por contraste com a comoção homérica que provocou o desaparecimento de Miguel Portas. A Esquerda sempre teve dois pesos e duas medidas. Um dos postulados capitais, basilares do comunismo sempre foi, e continua a ser, o de que a moral deles é diferente e superior à dos outros. Defendem os pobrezinhos, pugnam pela igualdade dos homens, prometem construir sociedades em que cada um receba o que precisa independentemente do que merece, almejam a felicidade e o bem-estar universais. O Bem está do lado deles. Por isso mesmo - e atente-se na perversão contida neste (aparente) paradoxo - podem perpetrar o Mal à vontade, sem limites nem escrúpulos de qualquer ordem. Trotski, como aliás Lenine e sobretudo Estaline, foram explícitos a este respeito: os comunistas podem sequestrar crianças, matar pais e filhos e avós, dizimar populações inteiras à custa de fomes deliberadamente provocadas, prender, torturar, executar e deportar milhões de pessoas, perseguir ciganos, judeus e homossexuais, sem que por isso percam uns minutos a vasculhar qualquer culpa albergada nalguma prega recôndita da sua massa encefálica, ou sem que ao menos lhes ocorra proceder a um exame, ainda que perfunctório, das suas consciências. Sempre estiveram e continuam perfeitamente tranquilas, apesar dos crimes inqualificáveis que cometeram.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px; margin-bottom: 15pt; margin-left: 149.25pt; margin-right: 0cm;">
<span style="font-family: Georgia, serif;">Sempre me repugnou a condescendência generalizada - sim, generalizada à esquerda e à direita - de que os comunistas beneficiam e sempre beneficiaram. A razão disso não é difícil de descortinar. Praticaram atrocidades, mas foi pelas razões mais justas, belas e humanitárias do mundo, ao passo que Hitler assassinou milhões de judeus inocentes por um motivo que lhes não podia ser imputado, o facto de terem nascido judeus. É verdade que assim foi, desgraçadamente. Mas quem ler alguma coisinha de história do regime soviético aperceber-se-á rapidamente de que os kulaks, de classe social que eram, foram transformados pelo estalinismo numa raça ou etnia: os filhos de alegados kulaks, tão inocentes como os judeus massacrados pelos nazis, eram perseguidos, presos e mortos precisamente por isso - por serem filhos de kulaks: a peste transmitia-se de pais para filhos e netos; aliás, "kulak" tornou-se um insulto como foi o de "fascista" a seguir ao 25 de Abril: um epíteto depreciativo ou até odioso, completamente desligado da sua significação político-sociológica original. E, na Pátria dos Trabalhadores, ser kulak, real ou inventado, serviu de desculpa política para toda a casta de perseguições e assassinatos. Depois, a Rússia teve um papel decisivo na derrota da Alemanha na II Guerra Mundial, e isso, aos olhos de um Ocidente capitalista eternamente culpabilizado - por motivos longos de explicar - tornou ainda mais luminosa a auréola que emoldurava o Comunismo.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px; margin-bottom: 15pt; margin-left: 149.25pt; margin-right: 0cm;">
<span style="font-family: Georgia, serif;">Mas não foi preciso esperar pelo desfecho da II Guerra Mundial para que um regime bárbaro e sanguinário acabasse bafejado pelas boas graças do Ocidente e em especial pelos respectivos intelectuais, salvo honrosas excepções como Aron ou Camus. Em meados dos anos trinta do séc. XX, Boris Souvarine tentou esforçadamente publicar em França uma biografia de Estaline, tendo submetido a obra (que ainda hoje se recomenda (1)) à Gallimard. Dada a ausência de resposta, Georges Bataille intercedeu junto de André Malraux, membro do comité de leitura da editora. Eis a resposta dada por este ilustre e celebrado intelectual de esquerda, um medalhado da Democracia:<span class="apple-converted-space"> </span><i>"Je pense que vous avez raison, vous, Souvarine et vos amis, mais je serai avec vous quand vous serez les plus forts." (</i>2) O curioso está em que mesmo hoje, quando já são eles os mais fracos, continuam, em países como Portugal, a beneficiar de um respeito e consideração que o seu passado, nunca renegado, em absoluto não autoriza.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px; margin-bottom: 15pt; margin-left: 149.25pt; margin-right: 0cm;">
<span style="font-family: Georgia, serif;">Nunca os comunistas portugueses admitiram qualquer erro ou crime e ainda menos qualquer culpa. Nunca se demarcaram do estalinismo - nunca fizeram a mais leve autocrítica - e, para meu espanto e de muitas pessoas, acham-se os verdadeiros democratas e lutadores pela liberdade. Esta arrogância moral brada aos céus. Mas o Jerónimo e a sua capelinha lá estão sentados no Parlamento, falando em nome da Democracia e - pasme-se - de Portugal e dos Portugueses, enquanto o já não tão jovem Bernardino defende nos Passos Perdidos, em frente às câmaras de televisão, que a Coreia do Norte é um regime democrático. Que dizer de Cuba, esse paradisíaco santuário dos pobres e desvalidos do mundo, onde a Liberdade nos entra pelas narinas! Quando em 1991 os comunistas russos ensaiaram um golpe de Estado para liquidar Gorbatchov e asfixiar novamente a União Soviética, os comunistas portugueses rezaram para que o golpe triunfasse, e não conseguiram disfarçar o seu desgosto e frustração pelo desfecho vitorioso da liberdade.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px; margin-bottom: 15pt; margin-left: 149.25pt; margin-right: 0cm;">
<span style="font-family: Georgia, serif;">Isto - esta recusa em olhar de frente o passado e reconhecer o crime - cava em Portugal um fosso intransponível entre a Democracia e o Comunismo: está aqui a raiz da impossibilidade de diálogo, a origem de um insanável desaguisado que nos transforma em inimigos e nos impede de discutir ideias racionais como adversários polidos e civilizados. Mas então, e a Esquerda não comunista? A Esquerda socialista ou não alinhada? (Não me detenho no Bloco para não gastar espaço com minudências.) A Esquerda socialista e não alinhada não renega as suas remotas origens, como um filho não renega um pai alcoólico ou ladrão; e, mais decisivo, partilha com os comunistas, embora mais discretamente, a aversão pela Liberdade tal como os liberais a entendem, e abominam o regime capitalista em que ela nasceu, germinou e se expandiu (3). Para António Borges está naturalmente guardada uma olímpica indiferença ou um aberto desprezo.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px; margin-bottom: 15pt; margin-left: 149.25pt; margin-right: 0cm;">
<span style="font-family: Georgia, serif;">1) Última edição: Paris, Éditions Gérard Lebovici, 1985.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px; margin-bottom: 15pt; margin-left: 149.25pt; margin-right: 0cm;">
<span lang="EN-US" style="font-family: Georgia, serif;">2) Idem, p. 12.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px; margin-bottom: 15pt; margin-left: 149.25pt; margin-right: 0cm;">
<span lang="EN-US" style="font-family: Georgia, serif;">3) Isaiah Berlin,<span class="apple-converted-space"> </span><i>Four Essays on Liberty</i>, Oxford University Press, 1969 (várias reimpressões).<o:p></o:p></span></div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px; margin-bottom: 15pt; margin-left: 149.25pt; margin-right: 0cm;">
<b><span style="font-family: Georgia, serif;">Historiadora</span></b></div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px; margin-bottom: 15pt; margin-left: 149.25pt; margin-right: 0cm;">
<b><span style="font-family: Georgia, serif;"><br /></span></b></div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px; margin-bottom: 15pt; margin-left: 149.25pt; margin-right: 0cm;">
<b><span style="font-family: Georgia, serif;"><a href="http://o-povo.blogspot.pt/2013/09/a-insuportavel-arrogancia-da-esquerda.html">DAQUI</a></span></b></div>
Inspirada por São Nuno, Protegida de Santo Antóniohttp://www.blogger.com/profile/05977249178865857657noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3835453994184334788.post-78298024520711577372013-08-29T23:18:00.002+01:002013-08-29T23:18:37.849+01:00OBRIGADO BOMBEIROS PORTUGUESES<div style="text-align: center;">
<img height="409" src="https://fbcdn-sphotos-g-a.akamaihd.net/hphotos-ak-prn1/1208811_637827766251665_510949025_n.png" width="640" /></div>
Inspirada por São Nuno, Protegida de Santo Antóniohttp://www.blogger.com/profile/05977249178865857657noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3835453994184334788.post-14481330903409158992013-08-15T00:30:00.000+01:002013-08-15T00:30:00.547+01:00Assunção da Virgem Maria<div style="text-align: center;">
<img height="400" src="https://encrypted-tbn2.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcSJXwdFtDk25vpfKVkeg9L1K-gLGazdWncSFaeAzT1UQ2SZh67Zaw" width="295" /></div>
Inspirada por São Nuno, Protegida de Santo Antóniohttp://www.blogger.com/profile/05977249178865857657noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3835453994184334788.post-78789454952413495922013-08-14T01:00:00.000+01:002013-08-14T01:00:00.323+01:00Aljubarrota, sempre!<img height="318" src="http://linguaportuguesa9ano.files.wordpress.com/2009/11/batalha_de_aljubarrota.jpg" width="640" /><br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<span style="color: blue; font-size: x-large;"><b>14 de Agosto de 1385</b></span></div>
Inspirada por São Nuno, Protegida de Santo Antóniohttp://www.blogger.com/profile/05977249178865857657noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3835453994184334788.post-45040648087770362292013-08-03T14:30:00.000+01:002013-08-03T14:30:00.611+01:00"Portugal nunca esteve tão dependente como agora em toda a sua História" entrevista a D. Manuel Clemente<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh3QWs7GeHLmin3J2PbGIz_e3AlCT-CmmMhm61cgHU32nHOKBVYzz-mg-GUD0icNqrufNE5HF_2B6WxkhvyIQL6BO-6GV_mHM0Bn_h_W7LizcLvNbpPZeGspBP4eqcpra8HLTgHW6HkjPc/s1600/image002-705775.jpg" style="clear: left; color: #ffe599; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5902962273253726594" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh3QWs7GeHLmin3J2PbGIz_e3AlCT-CmmMhm61cgHU32nHOKBVYzz-mg-GUD0icNqrufNE5HF_2B6WxkhvyIQL6BO-6GV_mHM0Bn_h_W7LizcLvNbpPZeGspBP4eqcpra8HLTgHW6HkjPc/s320/image002-705775.jpg" style="-webkit-box-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.0980392) 1px 1px 5px; border: 1px solid rgb(238, 238, 238); box-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.0980392) 1px 1px 5px; padding: 5px; position: relative;" /></a><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;">
Rosa Ramos, ionline 20-07-2013<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;">
<b>O novo Patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente, diz que o país atravessa uma "situação inédita em quase um milénio de História"<o:p></o:p></b></div>
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;">Ainda agora começou e já parece cansado. Não é para menos: desde que tomou posse, D. Manuel Clemente não parou e tem tido a agenda sempre cheia. Por opção. A seguir à missa da entrada solene, o novo Patriarca de Lisboa fez questão de cumprimentar todos os fiéis, um por um, nos Jerónimos. Não recusou nenhuma entrevista e já conseguiu reunir com os responsáveis de todos os departamentos da diocese. Avisou-os de que a partir de agora vai haver encontros de dois em dois meses no Patriarcado. D. Manuel Clemente quer renovar as comunidades cristãs de Lisboa e não descarta a possibilidade de vir a fundir paróquias. Sobre a actual situação do país - que classifica de "inédita" -, apela ao entendimento urgente das forças políticas. E também à mobilização de católicos e não católicos. "Os portugueses têm, em relação à política, um distanciamento exagerado", diz.</span><o:p style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;"></o:p><br style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;" /><b style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;">Sei que tem estado a responder a todos os pedidos de entrevistas. </b><o:p style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;"></o:p><br style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;" /><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;">Sim. Quando fui nomeado, em Maio, começaram a chegar muitas solicitações de jornalistas. Só que na altura estava no final do ano pastoral e cheio de trabalho. Então disse ao meu secretário lá no Porto, o padre Américo, que juntasse toda a comunicação social que estivesse interessada a seguir à missa de Pentecostes. Assim podiam fazer todas as perguntas que quisessem e de uma só vez. Enchemos um auditório. Depois disso decidi só voltar a receber jornalistas a seguir à tomada de posse. Tinha uma diocese para governar.</span><o:p style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;"></o:p><br style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;" /><b style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;">Mas aceitou todos os pedidos?</b><o:p style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;"></o:p><br style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;" /><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;">Todos os que me chegaram, sim.</span><o:p style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;"></o:p><br style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;" /><b style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;">É importante estar com jornalistas?</b><o:p style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;"></o:p><br style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;" /><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;">Nós hoje não podemos viver de outra maneira. Temos de viver com a comunicação social. Antigamente tínhamos uma certa ideia de que os jornais eram um instrumento a que deitávamos mão de vez em quando. Mas hoje já não é assim. Pode-se gostar mais ou menos, mas o mundo é assim e é uma maneira de chegar às pessoas e de partilhar a mensagem que temos para transmitir. As pessoas fazem perguntas e nós temos que responder. É tão simples quanto isto.</span><o:p style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;"></o:p><br style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;" /><b style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;">Mas o seu antecessor raramente dava entrevistas.</b><o:p style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;"></o:p><br style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;" /><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;">As pessoas são diferentes. E também é preciso ver que eu lido com a comunicação social há muito tempo. Tive um programa semanal na rádio durante 12 anos e outro na televisão durante 15. Cada um tem a vida que tem.</span><o:p style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;"></o:p><br style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;" /><b style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;">É uma questão de personalidade?</b><o:p style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;"></o:p><br style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;" /><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;">De personalidade e de percurso. Vamo-nos habituando a viver assim. Mas se me pergunta se eu não aspiro pelo dia em que já não tenha de dar entrevistas, isso aspiro. Mas pelos vistos não é para já.</span><o:p style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;"></o:p><br style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;" /><b style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;">A voz eclesiástica mais ouvida no país é a do Patriarca de Lisboa, por razões históricas e geográficas. A responsabilidade agora é maior?</b><o:p style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;"></o:p><br style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;" /><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;">Há um peso diferente, porque se está na capital e há muitas coisas, do Estado ou da própria sociedade, que acontecem aqui. Por isso, serei talvez o interlocutor mais à mão. Mas eu não posso falar pela Igreja. Nós, bispos, temos tentado explicar isto: a Igreja não tem uma organização nacional, mas sim internacional, à volta do bispo de Roma. Cada diocese tem a sua autonomia. Há uma Conferência Episcopal, que reúne todos os bispos, mas que também não é um órgão de cúpula. Não se sobrepõe à autonomia das dioceses. É só um órgão de cooperação entre as dioceses.</span><o:p style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;"></o:p><br style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;" /><b style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;">Como avalia a força da Igreja em Portugal, nos últimos anos, em relação a decisões políticas que foram tomadas como despenalizar o aborto ou permitir o casamento gay? Há países em que a mobilização católica é muito maior. </b><o:p style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;"></o:p><br style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;" /><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;">Estou na Conferência Episcopal desde 1999 e desde essa altura já nos pronunciámos e fizemos documentos sobre tudo e mais alguma coisa, desde essas questões fracturantes a outros assuntos. Portanto, não é por falta de pronunciamentos episcopais. O que há em outros países e que se calhar não existe em Portugal é uma opinião pública católica, e até interconfessional e humanitária, sensível a estes temas e que se pronuncie e manifeste. Em Portugal, e temos que reconhecer isso, esses movimentos não são tão expressivos. Penso que isso também terá a ver com a índole portuguesa: nós levamos a vida que levamos, com as convicções que temos, mas não vamos para a rua - a não ser em momentos muito críticos - para expressar colectivamente os nossos sentimento. Isso não está na nossa forma de ser.</span><o:p style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;"></o:p><br style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;" /><b style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;">Ultimamente tem havido várias manifestações. </b><o:p style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;"></o:p><br style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;" /><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;">Sim, mas não são um facto muito estrutural da sociedade portuguesa. O português prefere andar nos seus círculos habituais e manifestar as suas opiniões com os seus grupos de amigos. E tem, em relação à política, um distanciamento exagerado, ligando-lhe mais ou menos ou não ligando mesmo nada. E não se informando. Mesmo assim, a sociedade portuguesa é uma sociedade com a qual é preciso ter cuidado: não se manifesta e, por isso, não é tão facilmente avaliável. Mas tem convicções e resiste, ainda que passivamente. Não é tão sensível assim a golpes de mão, manobras de bastidores ou a grupos que consigam fazer passar uma lei sem que ela tenha sido debatida ou percebida pelo conjunto da população. Só que depois não se liga e às vezes é tarde. A sociedade portuguesa sofre disto, quer no que diz respeito à religião, quer no que se refere à política. É uma sociedade muito à retranca.</span><o:p style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;"></o:p><br style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;" /><b style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;">E os cristãos, afirmam-se pouco? </b><o:p style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;"></o:p><br style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;" /><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;">Sim. E é fundamental que o façam mais. O problema é que há um conjunto de preconceitos, até de tipo cultural, que os inibe. E também porque quando se afirmam surgem debates, são confrontados com perguntas para as quais não estão preparados para responder. São precisas comunidades, na Igreja, onde os cristãos ganhem o hábito de se congregarem e de aprofundarem os temas. Nós, como pastores, podemos estimular esse trabalho, mas não nos podemos substituir ao papel de profetas que é exigido aos cristãos, pela sua condição baptismal. Por isso, quando me perguntava há pouco qual é o impacto, maior ou menor, que a Igreja tem face aos problemas emergentes da sociedade portuguesa, eu respondo-lhe: o que falta não são documentos sobre os temas fracturantes. O que falta é gente, grupos de cristãos que os assimilem, que peguem neles e os concretizem e aumentem.</span><o:p style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;"></o:p><br style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;" /><b style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;">Faz falta uma revolução de cristãos?</b><o:p style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;"></o:p><br style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;" /><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;">Exactamente. Se quiser, é isso é que falta. Mas isto está ligado à tal retranca tradicional do português em se exprimir publicamente. O português reage negativamente. Não pela presença, mas pela ausência. "Está bem, isso é lá com eles, eu cá me entendo". Isto é muito sintomático e tem de ser ultrapassado.</span><o:p style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;"></o:p><br style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;" /><b style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;">Na homilia da missa da sua entrada solene, usou várias vezes a palavra "renovação". Sente que renovar é o seu carisma, agora que é Patriarca? </b><o:p style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;"></o:p><br style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;" /><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;">Sempre senti, na verdade, e há muito tempo. Em Lisboa, no Porto e agora outra vez em Lisboa. Eu hoje, aos 65 anos, estou tão apaixonado como quando tinha 15 pela novidade que encontro no Evangelho. Renovação tem a ver com isso: retomar a novidade. A renovação que eu proponho é que nos renovemos nesta novidade da proposta de Cristo - tão fresca hoje como há dois mil anos. E que as comunidades cristãs, as famílias e os empresários o façam.</span><o:p style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;"></o:p><br style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;" /><b style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;">Um dos desafios complexos que tem pela frente tem a ver com a falta de Clero na diocese de Lisboa.</b><o:p style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;"></o:p><br style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;" /><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;">Normalmente só se fala na crise de vocações sacerdotais, mas a maior crise de vocações na Igreja, neste momento, é a feminina. A crise de vocações tem a ver sobretudo com dois factores. Por um lado, a crise demográfica da sociedade portuguesa. Por outro lado, coloca-se a questão da renovação de que falava há pouco: se as pessoas não têm, nas comunidades, uma experiência cristã que o seja verdadeiramente e que seja capaz de entusiasmar, logicamente que não quererão jogar a sua vida por aí. É nestes dois campos que temos que trabalhar. O problema demográfico é, obviamente, mais complicado. Há tempos li uma publicação europeia que dava como certo que em meados deste século a maioria da população já não será de origem europeia.</span><o:p style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;"></o:p><br style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;" /><b style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;">Havendo poucos padres na diocese de Lisboa terá de se partir, por exemplo, para a fusão de paróquias?</b><o:p style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;"></o:p><br style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;" /><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;">Eu não poria muita ênfase na questão da administração. Temos que ver caso a caso. Nós podemos ter divisões paroquiais que são mais administrativas do que propriamente sociais e humanas. E outras que são muito tradicionais, muito antigas e muito vinculativas. Temos que tratar com cuidado essas redes culturais. Pode acontecer eu ter alguma resistência em acabar com uma paróquia pequena e não ter tanta resistência em mudar uma divisão maior, mas que seja mais administrativa. Temos que ver caso a caso. Quando se trata de comunidades e há uma participação de valores locais muito fortes, tem que se ir com cuidado.</span><o:p style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;"></o:p><br style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;" /><b style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;">Mas a divisão administrativa da diocese é um assunto que vai ser analisado?</b><o:p style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;"></o:p><br style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;" /><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;">Com certeza. Aliás, está previsto nos organismos colegiais da diocese que todas essas coisas sejam analisadas. E o bispo não pode fazer alterações desse género sem ouvir o conselho dos presbíteros e outros órgãos de aprofundamento. A única preocupação que eu tenho, independentemente dos aspectos administrativos, é a tal revitalização das comunidades cristãs: se elas existem, vamos mantê-las. Se são só puramente administrativas e se podem ser mudadas de maneira a que facilitar a vida das comunidades locais, não.</span><o:p style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;"></o:p><br style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;" /><b style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;">De tempos a tempos fala-se na possibilidade de se criar uma nova diocese, a Oeste. Havendo cada vez mais pessoas em Lisboa e cada vez menos padres, poderá ser uma solução? </b><o:p style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;"></o:p><br style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;" /><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;">O Patriarcado onde eu nasci já deu origem a três dioceses: Lisboa, Setúbal e Santarém, a partir de 1975. Hoje em dia as circunstâncias são diferentes. Eu sou de Torres Vedras, em pleno Oeste, e noto que os meus conterrâneos circulam, em grande parte, entre Lisboa e Torres. Portanto, seria uma coisa bastante arbitrária cortar com aquilo que é a vida das pessoas. Lisboa-Torres Vedras faz-se em meia hora pela auto-estrada. Além disso, o Patriarcado, em termos territoriais, não é muito grande.</span><o:p style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;"></o:p><br style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;" /><b style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;">Mas abarca muita gente.</b><o:p style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;"></o:p><br style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;" /><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;">Mas é uma gente que circula. E que até circula mais entre Lisboa e Setúbal do que propriamente para Oeste. E isso é que com certeza teremos que ver com a diocese de Setúbal: encontrar formas de trabalho comuns que tenham em conta esta realidade das pessoas que vivem entre as duas margens do Tejo.</span><o:p style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;"></o:p><br style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;" /><b style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;">O que é que pode ser feito com Setúbal, concretamente? </b><o:p style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;"></o:p><br style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;" /><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;">Trabalhar no sentido de uma cooperação inter-diocesana, como já se faz em muitas partes do mundo: há dioceses que estão próximas e que, além de terem a sua vida própria, trabalham em conjunto. Porque nós temos de estar ao serviço das pessoas. Há uns anos, quando era bispo auxiliar de Lisboa, acontecia-me com frequência receber pessoas que me colocavam problemas. E só ao fim de dez minutos de conversa é que percebia que tinha de as mandar para a diocese de Setúbal. Diziam-me que eram de Lisboa, porque efectivamente se sentiam parte de Lisboa e faziam toda a sua vida em Lisboa, mas depois viviam no Fogueteiro. Só viviam do lado de lá porque encontraram casas mais baratas. Temos de arranjar uma nova forma de organização, porque as realidades de hoje são diferentes das da década de 1970.</span><o:p style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;"></o:p><br style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;" /><b style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;">Uma das matérias que tem ocupado o conselho presbiterial é a questão da acção social. Há cerca de 300 centros na diocese de Lisboa, com cada vez mais solicitações e muitos deles em situações financeiras complicadas. Os problemas destas instituições têm só a ver com a redução dos apoios por parte do Estado?</b><o:p style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;"></o:p><br style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;" /><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;">Tem a ver com isso, mas também tem a ver com outras questões. Quando muitos desses centros começaram, há muitos anos, arrancaram de forma quase amadora. Sem o gigantismo de hoje. Actualmente, as instituições requerem muitos meios: humanos, materiais, técnicos. É preciso fazer uma readaptação de meios e de pessoas, que vai demorar algum tempo e que será custosa.</span><o:p style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;"></o:p><br style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;" /><b style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;">Readaptação em que sentido?</b><o:p style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;"></o:p><br style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;" /><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;">Acertar a oferta com a procura, desde logo. É preciso rever os sectores da acção social em que actualmente há menos procura. O sector infantil tem hoje menos procura que há uns anos, enquanto que aumentaram as solicitações ligadas aos idosos - porque a população está mais envelhecida. O que é preciso fazer esse ajuste, essa readaptação. Porque o Estado, por uma questão de subsidiariedade - e bem - se encontrar instituições no terreno que já lá estão, que fazem bem e que até mobilizam boa vontade para garantir o funcionamento, não se vai substituir, vai apoiar, vai estimular essas associações. Sejam as nossas, sejam outras. Desde que façam um bom trabalho.</span><o:p style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;"></o:p><br style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;" /><b style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;">O Estado social, como o conhecemos, ainda é sustentável?</b><o:p style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;"></o:p><br style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;" /><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;">O Estado social apareceu e desenvolveu-se em sociedades que verificaram um desenvolvimento económico e social. E foi possível, com as contribuições dos cidadãos para o Estado - com aquilo a que nós hoje chamamos a Segurança Social -, apoiar todas as necessidades, do nascer ao morrer.</span><o:p style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;"></o:p><br style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;" /><b style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;">E agora?</b><o:p style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;"></o:p><br style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;" /><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;">Agora temos que ver se conseguimos manter o mais possível tudo aquilo que ganhámos de bom, com a consciência de que tem de sair das contribuições dos cidadãos. Mas isso são questões para economistas.</span><o:p style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;"></o:p><br style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;" /><b style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;">Um dia depois de ter sido nomeado pediu aos políticos mais solidariedade, mais clareza e pedagogia. Porque é que enviou esse recado?</b><o:p style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;"></o:p><br style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;" /><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;">Não digo que esses três princípios não existam, mas é preciso que se manifestem. Porque é preciso que haja interacção entre os governos e as pessoas. É necessário que quando uns falam os outros consigam compreender - para que depois possam agir positivamente.</span><o:p style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;"></o:p><br style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;" /><b style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;">Há um problema de comunicação?</b><o:p style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;"></o:p><br style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;" /><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;">Há um grande problema de comunicação em Portugal, neste momento. E de falta de pedagogia. Eu próprio, às vezes, tenho dificuldade em compreender aquilo que me estão a explicar. É necessário pensarmos que é preciso clareza. Nós compreendemos se as pessoas nos explicarem. Se as coisas são verdadeiras, são correctas e nos são explicadas, a gente entende-as. Mas se nos atiram com números e com palavras - e ainda por cima, hoje em dia, poucas delas em português quando se tratam de coisas internacionais -, a gente não entende e fica ainda mais aflito do que estava antes. É também preciso que haja solidariedade e que nós sintamos que eles, governantes, estão connosco. E não basta que eles queiram estar connosco: é preciso que eles manifestem essa solidariedade a todos os níveis, desde o nível autárquico ao nível do Estado e ao nível internacional - embora isso nos escape mais da mão. E sobretudo clareza e pedagogia. Já dizia isso aos membros de anteriores governos, até antes da crise, quando iam ao Porto falar comigo. E também já disse a estes, direi sempre e procuro dizer a mim próprio também: sejamos claros, sejamos sucintos e manifestemo-nos solidários.</span><o:p style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;"></o:p><br style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;" /><b style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;">Os membros de governos anteriores iam ao Porto falar consigo?</b><o:p style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;"></o:p><br style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;" /><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;">Iam. Falavam comigo e com outros colegas meus, também. A Igreja Católica, em Lisboa e no Porto, tem uma presença muito forte.</span><o:p style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;"></o:p><br style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;" /><b style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;">E algum dia confessou algum governante?</b><o:p style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;"></o:p><br style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;" /><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;">Mesmo se tivesse confessado não lhe dizia.</span><o:p style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;"></o:p><br style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;" /><b style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;">Não lhe estou a perguntar o que lhe disseram na confissão. </b><o:p style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;"></o:p><br style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;" /><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;">Sacramentalmente nunca confessei. O que não quer dizer que com aqueles com quem tivesse mais familiaridade a conversa não tenha entrado por aspectos mais anímicos.</span><o:p style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;"></o:p><br style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;" /><b style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;">As últimas semanas têm sido muito atípicas do ponto de vista político?</b><o:p style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;"></o:p><br style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;" /><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;">... (interrompe) eu não acho que sejam atípicas. Acho-as mesmo muito típicas de uma situação que, essa sim, é inédita em Portugal. Eu não me lembro, em quase um milénio de história portuguesa, de um outro período em que estejamos tão dependentes de decisões e de decisores que não estão cá. Acho que o que se tem passado ultimamente, no plano político, é típico de uma situação em que a nossa margem de manobra está reduzida como nunca esteve. E isso exige que se ande à procura não se sabe muito bem do quê.</span><o:p style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;"></o:p><br style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;" /><b style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;">E exige um entendimento urgente?</b><o:p style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;"></o:p><br style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;" /><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;">Exige, sem dúvida, que nos concertemos mais internamente para que possamos falar com mais força e mais consistência externamente.</span><o:p style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;"></o:p><br style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;" /><b style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;">Há excesso de partidarite na vida política nacional? Os líderes políticos pensam mais nos interesses dos partidos do que propriamente nos interesses das pessoas? </b><o:p style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;"></o:p><br style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;" /><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;">Isso pode acontecer e até é uma coisa quase espontânea. Mas acho que a vida partidária, se a entendermos como ela deve ser, é muito importante para a democracia. Porque uma democracia é a conjugação de vontades e de sensibilidades numa sociedade plural, como é a nossa. E se essa conjugação de vontades for canalizada por grandes grupos de opinião, como os partidos, isso permite canalizar melhor o debate. E é mais eficaz do que se toda a gente falar ao mesmo tempo. Por isso, se a vida partidária conseguir ser isto, se conseguir representar as várias correntes sociais, económicas e políticas, é boa e é positiva para o debate democrático.</span><o:p style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;"></o:p><br style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;" /><b style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;">E a vida partidária tem sido isso?</b><o:p style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;"></o:p><br style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;" /><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;">Não estou no lugar dos nossos líderes e governantes e, portanto, não os posso julgar. Posso é pedir-lhes que façam disto que referi a vida partidária. Que, como disse, é indispensável à democracia.</span><o:p style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;"></o:p><br style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;" /><b style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;">O governo deve ser penalizado pelos sacrifícios que tem vindo a pedir através de eleições antecipadas?</b><o:p style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;"></o:p><br style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;" /><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;">Julgo que neste momento o fundamental, e deixando penalizações e prémios de lado, é que consigamos levar o acordo que temos internacionalmente a bom porto. Até porque não temos outra possibilidade. E que, nesse sentido, as forças que subscreveram o acordo se entendam positivamente. E depois, olhe... a ver vamos. Porque na política as previsões mudam já nem digo de ano para ano, mas de mês para mês e a uma tal velocidade que... a ver vamos, como dizia o cego.</span><o:p style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;"></o:p><br style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;" /><b style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;">Brevemente acontecerá a votação final da co-adopção por casais homossexuais. Considera que a lei vai abrir caminho à adopção plena?</b><o:p style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;"></o:p><br style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;" /><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;">Decisões deste género tocam tanto no tecido social que têm de ser aprofundadas e debatidas. A sociedade não pode ser surpreendida por arranques legislativos deste género e que, pelos vistos, surpreenderam até os próprios deputados. Não pode ser assim. Trata-se de coisas muito sérias. Espero que este tempo sirva para aprofundarmos o que está aqui realmente em causa. Para mim, como cristão, e até não só como cristão, é indubitável a importância da autoridade masculina e feminina no que diz respeito à família e à vida social. A dignidade humana está exactamente em reconhecer esta complementaridade e não em anulá-la. Os que pensam como eu e os que pensam de outra forma podem e devem conversar. E isso não é um momento legislativo, é um momento de aprofundamento cultural. No fundo, parece-me que isto tudo é uma precipitação.</span><o:p style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;"></o:p><br style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;" /><b style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;">Voltando à Igreja. O Santuário de Fátima não apresenta contas publicamente há vários anos, apesar de viver de ofertas e doações. Não lhe parece que seria necessária maior transparência?</b><o:p style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;"></o:p><br style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;" /><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;">Isso tem de perguntar ao bispo de Leiria-Fátima. E ele vai responder-lhe qualquer coisa do género?</span><o:p style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;"></o:p><br style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;" /><b style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;">? com a Concordata.</b><o:p style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;"></o:p><br style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;" /><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;">Não é só a Concordata. A aprovação do que se passa em Fátima é feita através dos seus peregrinos, que mantêm uma enorme confiança naquilo que lá se faz e lá se gere.</span><o:p style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;"></o:p><br style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;" /><b style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;">Então a transparência não é importante?</b><o:p style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;"></o:p><br style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;" /><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;">É importante, mas tem de se jogar com a conveniência.</span><br />
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;"><br /></span>
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: Calibri; font-size: 13px; line-height: 18px;"><a href="http://o-povo.blogspot.pt/2013/07/portugal-nunca-esteve-tao-dependente.html">POVO</a></span>Inspirada por São Nuno, Protegida de Santo Antóniohttp://www.blogger.com/profile/05977249178865857657noreply@blogger.com0