domingo, 16 de setembro de 2012

Sobre as manifestações de ontem


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quem apela à revolta da rua são os privilegiados do sistema. Aqueles que enriqueceram ou atingiram apreciáveis níveis de vida graças a esses estado que agora não conseguimos sustentar. São os artistas, os designers, os patrões da imprensa, os bispos eméritos das forças armadas, os provedores, os professores doutores em saberes tão vagos quanto a licenciatura de Relvas, os empresários dos magalhães e similares, os sindicalistas com progressões automáticas garantidas…. que querem que o povo se revolte.

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Algumas dezenas de milhares de portugueses saíram ontem às ruas. Tanto importa que fossem 10.000 como 100.000 ou dois milhões. Não tinham razão, pois foram cúmplices. O que ontem aconteceu foi o protesto da dita "classe média", a mesma que votou sempre pela "vida confortável", que aplaudiu Cavaco, Guterres, Ferro Rodrigues e as fantasias sem pensar nas consequências. Essas pessoas têm dores, passam por sofrimentos, angústias e até desespero, mas não é o povo. O povo, na acepção sociológica de classe de baixos rendimentos - isto é, o salário mínimo - nunca saiu à rua. Tem vivido do banco alimentar e da caridade das ONG's, de associações católicas e até da Jerónimo Martins, tão atacada por todos, mas que garante 60% do total de contribuições que assistem as vítimas da fome.

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