quarta-feira, 29 de maio de 2013

A Possessão dos católicos portugueses - por Nuno Serras Pereira

27. 05. 2013

Como diz a malta nova “não dá para acreditar!” De facto, como podem crer em Cristo e a Cristo aqueles que verificam que um “povo católico” (que deveria ser povo de Deus, Corpo Místico de Cristo) serve escravocraticamente o Maligno?; e que imensos Prelados têm como prioridade evangelizadora o serem simpáticos, o agrado mediático, a consonância com a mentalidade reinante?; com pânico de chamar as coisas pelos nomes, pressurosos em manter-se na ambiguidade, incapazes de serem sinal de contradição?; julgando, contraditando desse modo o exemplo de Cristo e dos Santos, que basta anunciar o bem e se podem dispensar de combater o mal? Santo Atanásio, salvador da verdadeira Fé na antiguidade, seria, nos dias de hoje, dado como agressivo, mente obcecada, afugentador de fiéis, de pagãos, de ateus, remetido a um ermo enclausurado, senão mesmo excomungado.

Quando há Pastores (eclesiásticos ou civis) que por acção ou omissão, por cumplicidade, por indiferença ou tacticismo político não protegem nem defendem adequadamente os mais vulneráveis e inocentes (arriscando os seus cargos, as suas carreiras e se preciso for as suas vidas), isso significa que não são tais, mas sim lobos vorazes e predadores.

Eu tenho consciência, e isto não é retórico, da enormidade das minhas limitações, sei bem que em comparação com os demais confrades eclesiásticos sou um deficiente. Mas porra! (“expressa uma reacção de dor”, in Dicionário Houaiss. Etimologia: prov. de porro, vegetal de talo largo e um bulbo num dos extremos, sugerindo a comparação com um bastão de cabo grosso; Corominas comenta que um lat. *porrèa, de caráter adj., '(maça) semelhante a um porro (alho)', der. do lat. pòrrum ouporrus,i 'porro (alho)' poderia explicar o voc. port.; ver porr-), não há quem entenda a gravíssima escravidão demoníaca de numerosíssima porção dos católicos portugueses!?! Não há quem o veja e lhe dê remédio?!? As mais graves possessões demoníacas não são aquelas que, subjugando a liberdade, levam as pessoas a fazer ou padecer coisas contra sua vontade e que, por isso, delas não são responsáveis. O maior mal consiste na sedução diabólica que as conduz a consentirem no mal que praticam e na omissão do bem. Esta cumplicidade da multidão (de cada um que compõe essa massa) produz “estruturas de pecado” que se apropriam do poder, fortalecendo e perpetuando os grilhões malignos.

Quando deparo com a insurreição evangélica continuada dos francesestenho vergonha, confesso, de ser um católico português; quando leio os textos de uma jornalista (um e dois), Maria Teixeira Alves, não ter medo de sofrer insultos e ameaças, como tem padecido desde que os redigiu, dou muitas Graças a Deus por suscitar nos aparentemente “de fora” aquilo que em primeiro lugar e principalmente competiria aos “de dentro”; quando me maravilho com a clareza brilhante de um artigo de um Sacerdote, pergunto-me se o Episcopado português é incapaz de redigir algo semelhante; quando exulto com a leitura de uma crónica desassombrada e clarividente de um economista, logo me entristeço por sei uma raridade singular.

Cinquenta crianças nascituras, CINQUENTA, são em “virtude” do voto católico, legalmente dizimadas quotidianamente, TODOS OS DIAS, no nosso país, por capricho das mães grávidas; devido ao voto católico, foi “legislado” e “promulgado” o “pseudo-casamento” entre pessoas do mesmo sexo; o mesmo povo católico elegeu aqueles que aprovaram a co-adopção de crianças por “casais” do mesmo sexo (quem não se opôs mas se absteve objectivamente conluiou com os promotores), como segundo passo (o primeiro foi o “casamento”, pois quem admite este, lógica e necessariamente desembocará na adopção)para a adopção plena e para o recurso dos mesmos “casais” ficcionais à reprodução artificial. Esta, como já indiquei em outros textos (ver aqui, por ex:) faz uma multidão incontável de vítimas humanas.

Os católicos subjugados pelo pecado têm escolhido e promovido os partidos que os têm subjugado. Desde há muito que as opções que nos têm sido impostas são as de escolher entre Satanás e o Demónio, como se não foram o mesmo. Numas organizações partidárias ele apresenta-se de carranca ameaçadora e feroz em outras de aspecto simpático e lisonjeiro, mas é sempre o mesmo Maligno que manipula os bonifrates, que se dizem e/ou se têm por católicos. Mas, infelizmente são possessos, para usar as palavras de Jesus Cristo, têm por pai o Diabo (Jo 8, 44).

É tempo de dar o “grito do Ipiranga” e de exorcizar a multidão dos demónios que nos infesta. Pela minha parte, confesso, que para além do pouco que procuro fazer (segundo não poucos, melhor seria para todos que nada fizesse e me silenciasse)se fora exorcista procuraria imitar frei Silvestre. Andavam as gentes da cidade de Arezzo em raivosas lutas intestinas, num desvairamento de mútuas agressões homicidas, quando S. Francisco de Assis acompanhado de frei Silvestre, que para lá se dirigiam, avistou um amontoamento de dianhos imundos por de cima das ruas e habitações influindo malignamente nos cidadãos. Logo tomou a decisão de enviar o seu confrade às portas da cidade para a exorcizar, enquanto ele se detinha orando com instantes súplicas ao Altíssimo, Omnipotente e Bom Senhor, de modo a garantir toda a eficácia ao esconjuro. Foi feliz o sucesso: os diachos puseram-se em fuga espavoridos, o povo aquietou-se, as aversões deram lugar a reconciliações, a paz foi estabelecida a contento de todos. Santos, conheço eu que me poderiam assistir com as suas orações enquanto, como exorcista, logo me dirigiria ao parlamento, à sede do governo, à presidência da república, etc., etc.

Mas enfim, cada um com a sua missão e/ou profissão, Sacerdote, Religioso, Diácono, Leigo, crente ou não crente pode dar o seu contributo. Mas tem que começar já! Com toda a determinação! É tempo de despertar do torpor mortal! Lázaro, povo de Deus, levanta-te! Ressuscita!


À honra de Cristo. Ámen.


sábado, 18 de maio de 2013

Mosteiro do Lorvão


Envolta em diversas lendas, a fundação do Mosteiro de Lorvão tem vindo a ser recuada até ao século VI, época em que, pela primeira vez, foi identificada a paróquia suevo-visigótica de "Lurbane". Muito embora subsista uma pedra de mármore com ornato visigótico (mas há também vestígios arqueológicos de uma villa romana), é mais correcto, na perspectiva historiográfica actual, considerar a sua fundação na sequência da primeira reconquista de Coimbra (878), data a partir da qual surgem as primeiras referências documentais conhecidas (MATOSO, 1993). No século X, a sua importância era já considerável, mas a centúria seguinte trouxe consigo um período de grande decadência. No século XII aconteceram, com certeza, importantes remodelações (c.1180), das quais resultaram, muito possivelmente, um novo claustro e uma igreja de três naves, mas das quais apenas subsistem os capitéis românicos. Tudo o resto desapareceu.
Depois de uma fase inicial na posse dos monges eremitas de Santo Agostinho (dos quais se encontraram esqueletos) ou sem regra fixa, o mosteiro adoptou, em meados do século XI, a Regra Beneditina, que se manteve até 1200, quando passou para a Ordem de Cister. Nesta data, não apenas se adoptou a nova reforma cisterciense, como o mosteiro passou a ser feminino, tendo por invocação Santa Maria. Deve-se esta profunda mudança, que implicou, naturalmente, adaptações nos espaços, a D. Teresa, filha do rei D. Sancho I, que aqui viveu até à data da sua morte, em 1250, encontrando-se sepultada na igreja juntamente com sua irmã, D. Sancha (urnas executadas pelo ourives portuense Manuel Carneiro da Silva, em 1714).
Desta época até às grandes campanhas de obras que, nos séculos XVII e XVIII, conferiram ao Mosteiro o aspecto que hoje possui, muito haveria a registar. Limitamo-nos, contudo, a destacar a importância deste cenóbio no contexto político nacional, no qual ocorreram disputas significativas entre o Rei e as freiras do Lorvão (caso da que opôs D. João III a D. Filipa d'Eça) e o governo de algumas das mais influentes famílias, entre as quais se salienta, naturalmente, as Eça.
A actualização do mosteiro teve início nos últimos anos do século XVI, incidindo, em primeiro lugar, no claustro, numa linguagem renascentista, onde se incluem várias capelas e a que se acrescentou, em 1677, as varandas, já de pendor mais próximo do barroco. A portaria data de 1630, integrada no novo edifício, iniciado na década de 1620. Foi, no entanto, o ciclo barroco que mais marcou o mosteiro, intimamente relacionado com o culto oficializado às Santas Rainhas, cujo processo terminou em 1724 (BORGES, 2002). Numa primeira fase, renovou-se o retábulo-mor e o dourado invadiu o interior da igreja. Em 1728 edificava-se a nova noviciaria num "acto duplamente simbólico", que marcou "o início de uma nova geração de religiosas e ao mesmo tempo o fecho de um grande ciclo renovador das estruturas materiais da comunidade" (IDEM, p. 468).
Contudo, todo este esforço seria inviabilizado uma década mais tarde, quando se procedeu a nova remodelação, entre 1748 e 1761. A igreja foi reconstruída e o seu traçado denota toda uma influência de Mafra, "mas numa versão requintada e esbelta em que o autor se movimenta com á-vontade, dominando com segurança as proporções e a gramática decorativa do classicismo, dando emotividade aos entablamentos" (IDEM, 1986, p. 330). Paralelamente a esta campanha, procedeu-se à mobilação litúrgica e artística. No campo da talha setecentista, o Mosteiro do Lorvão constitui uma referência fundamental à escala nacional, com especial destaque para o cadeiral do coro-baixo (1742-47), em jacarandá e nogueira, com espaldares altos e decorado com figuras de santos mártires, envoltas por folhagens.

Fonte: IGESPAR

Este Mosteiro encontra-se muito degradado e quase ao abandono... é uma vergonha pois nele se encontram sepultadas as netas do nosso primeiro Rei Dom Afonso Henriques, Dona Teresa e Dona Sancha!

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Bussaco

 Palace Hotel do Bussaco
















 As Bulas Papais

Uma Bula do Papa Gregório XV, datada de 23 de Julho de 1622, interditando a entrada de mulheres nos conventos carmelitas e, portanto, também no Convento de Santa Cruz do Buçaco, sob pena de excomunhão, (“latae sententiae”), a todas as que lá se introduzissem.
Uma Bula do Papa Urbano VIII, datada de 28 de Março de 1643, com  sentença de excomunhão (“ipso facto incurrenda”) para quem destruísse árvores e apanhasse madeira…”.


Portas de Coimbra


Cedro de São José

 Capela de São José
(infelizmente destruída aquando do temporal de 19 de Janeiro)










 Cruz Alta


terça-feira, 14 de maio de 2013

Sugestão de leitura (VI)

Descrição: Resenha histórica sobre aquele que foi o último verdadeiro Monarca de Portugal, e o mais caluniado de todos. Uma excelente introdução a uma época crucial da nossa história que marcou o fim da Nação Tradicional e o início da decadência de Portugal às mãos do liberalismo.

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