segunda-feira, 18 de março de 2013

Missa de inicio de Pontificado


Missa de início do ministério petrino, sem a presença de Bento XVI, tem ligação à figura do Apóstolo Pedro


Octávio Carmo, enviado da Agência ECCLESIA ao Vaticano

Cidade do Vaticano, 18 mar 2013 (Ecclesia) – O Papa Francisco vai receber esta terça-feira o anel do pescador e o pálio, insígnias de autoridade, antes da missa de inauguração do seu pontificado, na Praça de São Pedro, que vai reunir dezenas de milhares de pessoas.

A cerimónia tem início marcado para as 09h30 locais (menos uma em Lisboa) e será concelebrada pelos cardeais e patriarcas orientais presentes em Roma, bem como os superiores gerais dos franciscanos e dos jesuítas.

O primeiro momento da celebração decorre sobre o túmulo de São Pedro, onde Francisco vai rezar em silêncio, com dez patriarcas das Igrejas Orientais católicas, saindo em procissão acompanhados por dois diáconos com o anel e o pálio ali colocados na noite de hoje.

A procissão até ao exterior vai decorrer ao som das ‘Laudes Regiae’ (louvor ao rei, em honra a Cristo), na qual se invocam vários santos, em particular os que foram Papas.

O anel do pescador (anulus piscatoris) faz parte das insígnias oficiais do Papa, enquanto sucessor do Apóstolo Pedro, pescador da Galileia, localidade israelita onde nasceu o discípulo de Jesus.

O decano (presidente) do Colégio Cardinalício, D. Angelo Sodano, colocará o anel na mão esquerda do novo Papa antes da missa, segundo o novo ritual aprovado por Bento XVI antes de renunciar ao pontificado.
O anel do pescador escolhido por Francisco é obra do italiano Enrico Manfrini, falecido em 2004, tem uma representação de São Pedro com as chaves e é feito em prata dourada: a obra foi uma das propostas apresentadas pelo mestre das celebrações litúrgicas da Santa Sé, que o recebeu de um dos secretários de Paulo VI (1897-1978).

A primeira referência documental a esta insígnia aparece no ano de 1256, numa carta de Clemente IV a um sobrinho, na qual declara que os Papas costumavam selar as suas cartas privadas com “o selo do pescador”.
Durante a cerimónia, o Papa receberá ainda o pálio petrino (estola branca de lã com cruzes vermelhas que representam as chagas de Cristo), igual ao de Bento XVI, uma insígnia litúrgica de “honra e jurisdição” usada pelos  bispos de Roma desde o século IV, que lhe vai ser imposta pelo cardeal protodiácono, D. Jean-Louis Tauran.

Uma representação de seis membros do Colégio Cardinalício vai simbolicamente prestar a sua “obediência” a Francisco.

A missa de início do “ministério petrino” decorre na Praça de São Pedro, onde estava o circo do imperador romano Nero, responsável pelo martírio do apóstolo, por volta do ano 64.

A celebração em latim vai contar a proclamação do evangelho em grego e orações em russo, árabe e chinês, entre outras línguas; 500 padres distribuirão a comunhão.

A Santa Sé anunciou que a missa não terá a presença de Bento XVI, Papa emérito, mas conta com delegações de outras Igrejas cristãs e religiões, além de chefes de Estado.

Entre os líderes religiosos conta-se o Patriarca ecuménico (Igreja Ortodoxa) de Constantinopla, Bartolomeu, o que acontece pela primeira vez desde o cisma que separou católicos e ortodoxos em 1054.

Jorge Mario Bergoglio, de 76 anos, foi eleito como novo Papa, na quarta-feira, e escolheu o nome de Francisco.


segunda-feira, 11 de março de 2013

Vaticano: Conclave para a eleição do novo Papa começa na terça-feira


Cidade do Vaticano, 08 mar 2013 (Ecclesia) – O Conclave para a eleição do novo Papa vai começar esta terça-feira, anunciou hoje a Santa Sé.
A decisão foi tomada após votação realizada na oitava congregação (reunião) geral realizada esta tarde no Vaticano, com a presença de 145 cardeais, entre os quais os 115 que têm direito a eleger o sucessor de Bento XVI.
O processo eleitoral vai inciar-se com uma votação à tarde, após a missa pela eleição de Papa [pro eligendo Romano Pontifice] que vai reunir todos os cardeais, na Basílica de São Pedro, pela manhã; seguem-se um máximo de quatro escrutínios por dia.
início do Conclave poderia ser estabelecido desde que se verificasse a presença de todos os cardeais eleitores, condição que estava cumprida dado que o Colégio Cardinalício aceitou esta manhã os motivos apresentados pelos restantes dois prelados que têm direito a voto para não estarem no Vaticano.
Na conferência de imprensa realizada hoje o porta-voz da Santa Sé, padre Federico Lombardi, revelou que a hora da missa que antecede o Conclave vai ser comunicada noutro dia.
Especialistas em eletrotecnia, construção civil, hidráulica, mecânica, carpintaria e museologia continuam a realizar obras na Capela Sistina, onde vai ser eleito o Papa, entre as quais a elevação do pavimento e a introdução das duas salamandras, de 1938 e 2005, além da instalação da respetiva chaminé.
Numa das salamandras vão ser queimados os sufrágios e anotações referentes às votações, enquanto que na outra, com dispositivos eletrónicos, será criado o fumo preto ou branco que indica, respetivamente, se a eleição prossegue ou se o novo Papa foi escolhido.
O padre Federico Lombardi adiantou que não foram sorteados os quartos onde os eleitores vão ficar alojados, na Casa de Santa Marta, dentro do Vaticano.
O responsável sublinhou que todos os cardeais devem abster-se de receber ou transmitir informações para os media durante o Conclave.
Em 1059 foi decidido que a eleição do Papa cabe exclusivamente aos membros do Colégio Cardinalício.
Desde 1971 que a escolha é um direito limitado aos cardeais com menos de 80 anos à data do início da Sede Vacante, período entre a morte ou renúncia do Papa e a escolha do sucessor.
O Conclave conta com cardeais de 48 países, maioritariamente europeus, incluindo dois portugueses: D. José Policarpo, cardeal-patriarca de Lisboa, e D. Manuel Monteiro de Castro, penitenciário-mor da Santa Sé.
Ainda que qualquer homem batizado, solteiro e em comunhão com a Igreja Católica possa ser eleito Papa, há mais de 600 anos que o escolhido é um cardeal.
A eleição do Papa é regulada pela Constituição Apostólica ‘Universi Dominici Gregis’, de João Paulo II (1996), com modificações introduzidas por Bento XVI em 2007 e a 22 de fevereiro deste ano.
O sucessor de Bento XVI, que renunciou ao pontificado, será o 50.º Papa da Igreja Católica nos últimos 500 anos, desde a eleição de Leão X a 19 de março de 1513.
O Anuário Pontifício, do Vaticano, refere 265 pontificados desde São Pedro, considerado o primeiro Papa, e 263 nomes, dado que Bento IX (século XI) desempenhou esta missão em três ocasiões.
Neste Conclave vão ser precisos 77 votos para eleger o Papa, correspondendo a 2/3 dos sufrágios dos 115 cardeais eleitores.
O Conclave, palavra com origem no latim 'cum clavis' (fechado à chave), pode ser definido como o lugar onde os cardeais se reúnem em clausura para eleição do Papa.
OC/RJM
Corrigido em 09-03-2013 (número de cardeais foi presentes foi 145, e não mais de 150)

sexta-feira, 8 de março de 2013

A renúncia de Joseph Ratzinger

Jaime Nogueira Pinto
Sol, 5 de Março, 2013

A renúncia de Bento XVI criou perplexidade fora e dentro da Igreja: os ateus, os agnósticos, os laicos, os indiferentes, quiseram ver no gesto do Papa um gesto positivo que tornaria a Igreja mais humana, menos sagrada, mais parecida com um partido ou com uma empresa em que o líder, o Administrador em dificuldades, pede a reforma.Daí alguma simpatia, mas sobretudo a mordacidade triunfante daqueles a que Dostoiewsky chamava «os fanáticos da impiedade».
Para os católicos, a perplexidade tem a ver com a originalidade do gesto de Bento XVI. Desde que a Igreja se libertou da tutela política dos imperadores, dos reis, das famílias romanas que impunham os seus parentes como Papas e até das servidões do seu próprio poder, que nenhum Pontífice fizera isto.
E este não é um Pontífice qualquer: teve a difícil missão de suceder a um Papa carismático e popular, amado de todos; teve que chefiar a Igreja num dos períodos mais difíceis da História, com a descristianização da Europa Ocidental, e o catolicismo das Américas e das Áfricas, pujante mas às vezes cheio de heterodoxias e crendices. E teve, sobretudo, que enfrentar uma coligação de forças laicas que a Guerra Fria mantivera na aliança com as forças espirituais, mas que, sem medo ao comunismo, se lançara na agressão do 'fanatismo da impiedade'.
Bento XVI combateu corajosamente esta agressão e o relativismo moral que a fundamenta; procurou o diálogo com o Islão e a concórdia entre as religiões do Livro; trabalhou pela unidade na pluralidade de ritos e obediências de católicos e de cristãos; esclareceu com sabedoria, coerência, rigor e humildade as grandes verdades da fé em livros seus e Encíclicas da Igreja. Nunca teve medo.
Travou uma luta determinada, corajosa, dolorosa, contra o grande escândalo da pederastia e pedofilia entre os sacerdotes e da corrupção financeira em sectores da Administração Apostólica.
O mal que os maus pastores fizeram às suas vítimas e à própria Igreja, o Papa sentiu-o mais que ninguém. A Igreja sempre foi forte contra os ataques de fora, como as perseguições e os martírios que, do anticlericalismo dos jacobinos às matanças de Espanha e aos gulags comunistas, lhe foram impostos. Aí resistiu e teve os seus mártires.
Mas o mal de dentro, dos sacerdotes pedófilos, dos predadores dos pobres e das crianças, dos maus pastores, foi pior. E Bento XVI teve que enfrentar esse flagelo, na linha da frente da autoridade e da decisão.
Desistiu, foi vencido, desceu da cruz por não a poder aguentar? Para os providencialistas, a Igreja está – como tudo – nas mãos de Deus e há que confiar; para os liberais, o gesto do Papa é um sinal de democracia de uma instituição que não tem nada a ver com ela e por isso os irrita e incomoda.
Para nós, o Papa que é também um homem – Joseph Ratzinger, tomou, com certeza depois de muita meditação e oração, essa decisão drástica, acreditando tal ser o melhor, não para ele, mas para a Igreja. Porque o Papa, enquanto Vicarius Christi, não renuncia, mas o homem pode e deve fazê-lo, se acha ser esse o seu dever e a vontade de Deus.

quinta-feira, 7 de março de 2013

Receita da desgraça


Receita da desgraça

Ingredientes:

-          Presidentes da república, primeiros-ministros, ministros e deputados: quantidade à escolha (a qualidade pouco difere)

-          Licenciaturas por equivalência e dominicais: as que descobrir

-          Megalomanias: bastantes

-          Complexos: muitos

-          Casos vergonhosos: numerosos

-          Negócios obscuros, troca de favores e corrupção: abundantes

-          Promessas – Mentiras: várias dúzias

-          Temperos: Ambição, ganância, falta de vergonha e de palavra

-          De: um

-          Euro: suficiente para agrilhoar

Preparação:

Numa tigela bem funda, misture fartas quantidades de presidentes da república, primeiros-ministros, ministros e deputados (atenção que há uns que costumam fugir) e bata firmemente. Ponha pitadas de licenciaturas por equivalência e dominicais.

Numa taça à parte misture as megalomanias com os complexos, dois ingredientes que se fundem na perfeição rapidamente. Verta esta mistura a pouco e pouco na massa anterior.

Junte uma miscelânea de casos vergonhosos, mas incluindo sempre BPN, BPP, PPPs e fundações, mais negócios obscuros a gosto, troca de favores e corrupção com fartura e continue batendo, sem parar. Se gostar, use compadrios.

Entretanto, separe as mentiras das promessas e bata estas últimas em castelo bem firme (não tenha medo da força que aplicar).

Junte as mentiras à massa, misture bem e quando a massa estiver consistente, incorpore as promessas suavemente mas de modo a ficarem bem ocultas.

Use os temperos indicados acima da seguinte forma: ambição sem fim, ganância a rodos, falta de vergonha e de palavra em abundância.

Unte à força com euro uma forma de tipo Europa que tenha um buraco bem grande. Lembre-se que a forma Europa tem a característica de roubar soberania a qualquer receita.

Leve a forno bem quente o tempo que lhe apetecer. Retire e deixe esfriar. Guarde no frigorífico e desenforme a cada quatro anos.

Enfeite com um de bem definido, na certeza de que na mesa passará a da, e sirva.

Sabe a pouca vergonhice oligárquica, impunidade, austeridade, sobrecarga fiscal, desemprego e pobreza.

Tem sido esta a receita portuguesa mais típica. Vamos alterá-la?

Leonor Martins de Carvalho

terça-feira, 5 de março de 2013

Sugestão de leitura (V)




DA OBRA

«(…) Para que serve este livro:
Para pôr na estante, pois fica em princípio bem em qualquer casa e, mesmo que não sirva para mais
nada, a sua leitura poderá sempre servir de muito salutar penitência.
Para oferecer: é um bom presente para um amigo especial (o seu caso, se o livro lhe foi oferecido!) ou
para um inimigo de estimação, pois não é qualquer inimigo que recebe uma prenda destas.
(…)
Informação importante sobre alguns ingredientes do livro.
Q.b. de doutrina católica, apostólica, romana, segundo as directrizes do magistério da Igreja, mas
cabendo ao autor toda a responsabilidade pelas posições assumidas.
Contém produtos genuinamente sobrenaturais – como a fé, a esperança e a caridade – com certificação
de origem. (…)»

in A Abrir: Instruções para o uso deste livro

sexta-feira, 1 de março de 2013

O Papa afinal é Infalível! - por Nuno Serras Pereira


28. 02. 2013
  
Inesperada e surpreendentemente parece ter-se criado uma unanimidade entre ateus, prémios Nobeldissidenteshereges, jornalistas não católicos, e comentadores públicos de que a decisão do Papa Bento XVI é absolutamente certa, insusceptível de qualquer erro. É caso para dizer, que são “mais papistas que o Papa”. De facto, nunca a Igreja ou qualquer Pontífice afirmou, nem mesmo aventou, que o Carisma da Infabilidade se aplicava a decisões pessoais, ou de governo, ou prudenciais. Temos pois que aqueles que negam ferozmente que a Infabilidade de Deus, do Espírito Santo, se possa comunicar ao Santo Padre em determinadas e precisas circunstâncias, aclamam agora a lucidez “infalível” nesta questão prevista pelo Direito Canónico. É verdade que eles não recorrem ao termo mas, quanto a mim, dizem-no de outra maneira. Será preciso recordar as constantes agressões, sem dó nem piedade, a que a sua pessoa e o seu Magistério foram sujeitos? Como explicar então esta rendição moralmente unânime, daqueles que mencionei, em relação à sua renúncia? Na verdade, a decisão que o Santo Padre tomou pode ser livremente discutida, e dela se pode discordar, sem que isso implique qualquer infidelidade, ilicitude ou imoralidade, por qualquer fiel católico, desde um leigo empenhado a um Cardeal, amigo pessoal e fiel seguidor de Bento XVI. Parece haver aqui uma estratégia de condicionar as mentalidades de modo a “forçar” que de agora em diante seja sempre assim, que se torne obrigatória a renúncia ou abdicação dos próximos Pontífices Supremos em circunstâncias semelhantes. Não nego que o exemplo possa fazer escola, mas não vejo que tenha de ser necessariamente assim.


Como já escrevi, a enorme tristeza por esta renúncia transformou-se, em mim, numa alegria desmesurada, embora sofrida e magoada, em virtude da minha convicção profunda, que neste caso se cumpre a vontade de Deus. Não há nenhuma dúvida de que o Papa Bento XVI, que goza de uma consciência muitíssimo bem formada, na sua oração discerniu, pelas luzes que recebeu, que no seu caso, tendo em conta a forma e as responsabilidades que assumiu nos dias de hoje o ministério do sucessor de Pedro, vigário de Cristo na terra, e concluiu que deveria abdicar desse mesmo ministério. Esta convicção fundamente enraizada não é, no entanto, infalível. O Romano Pontífice pode errar, estando embora de boa-fé. Se for esse o caso, o que pessoalmente não acredito, não será, nem por sombras condenado, pois fez tudo o que estava ao seu alcance para conhecer a vontade de Deus e a pôr em prática. O mesmo se pode e deve dizer do Bem-aventurado João Paulo II que, em circunstâncias semelhantes, no seu caso, percebeu que Jesus Cristo lhe pedia que ficasse até ao fim, até à Passagem para a eternidade. Deus pode ter querido mostrar à Igreja e ao mundo que a cruz de cada um se pode unir à Sua de modos muito distintos.


Pessoalmente, creio que a unanimidade prática de respeito e elogio da abdicação de Bento XVI não se deveu somente à lisonja nem obedeceu simplesmente a estratégias inconfessáveis mas resultou da sua alta santidade, da sua grandíssima humildade, da sua Fé desmedida, do seu imenso amor a Jesus Cristo, da enorme simplicidade e da normalidade com que se comunicou e de tudo tratou, tocando assim os corações no seu âmago. Este acto, ou sucessão de actos, na minha perspectiva, constituiu uma pregação vivíssima que abalou e comoveu intimamente não só os Fiéis Leigos, os Religiosos, Consagrados, Sacerdotes, Bispos e Missionários mas também os próprios Cardeais, e os aproximou, e os recentrou no essencial, em Jesus Cristo, o Coração ou núcleo mais profundo da Igreja. A santa unidade em Cristo Jesus suscitada por esta Renúncia de amor, que pôs, comovida, toda a Igreja em oração alcançará seguramente a Graça de um novo Papa do agrado do Senhor, segundo o Seu Coração, que se deixe em tudo guiar por Ele.


É possível que um dos motivos que levou o Santo Padre à renúncia do seu ministério, enquanto está ainda capaz, não obstante as grandes limitações, tenha sido o de evitar, no caso de ficar totalmente incapacitado, que se pudessem vir a levantar suspeitas, intrigas, atoardas, “guerrilhas” sobre a veracidade do seu estado de saúde e das reais motivações que levariam à declaração da sua abdicação, isto, caso, é claro, tivesse deixado, a exemplo de seus antecessores mais próximos, uma carta nesse sentido. O suculentíssimo Magistério que neste breve Pontificado o Papa Bento XVI nos deixou é de uma grandeza teológica e espiritual comparável à de um Santo Agostinho – seria muito importante tornar a ler e a reler as suas encíclicas, homilias, catequeses, discursos, etc., e ainda os seus escritos anteriores à sua elevação ao Papado. A influência que exerceu e que recebeu do Papa João Paulo II é um tema fascinante que mereceria estudos muito vastos e aprofundados. Estes dois gigantes da Igreja poderão porventura vir a ser irmanados na história da mesma de um modo semelhante ao de S. Basílio e S. Gregório.


Uma vez que esta manhã diante dos Cardeais o Papa Bento XVI prometeu reverência e obediência incondicional ao próximo Pontífice, espero bem que este o exorte a continuar a enriquecer-nos com os seus escritos.